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África ancestral (poema)


Oh! África ancestral, foste pilhada e feridas

O Homo Sapiens Sapiens, é de ti autóctone

Outrora pujante, hoje deverias ser um ícone

Seus filhos exilados, tornaram-se apátridas.

No sul tem o Kalahari vermelho, terra garridas

No norte tem o Saara, Ubari, do Éden é clone

Nele os Tuaregues, negociam o seu cretone

Lindas fazendas de algodão ou linho coloridas.

Como rio o Nilo, destaca-se caudal, majestoso

Das planícies, nada compara-se ao Serengueti

Que batizaram-na os Maasai, este povo vistoso.

Na Tanzânia há o Kilimanjaro, o monte olha a ti

A África é um lugar místico, belo, maravilhoso

Lá esta os meus Orixás, há muito isto pressenti.

13/04/2015

ILARIO MOREIRA

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O Poeta

Será o poeta um solitário, pela mesma atormentado?

Ou talentoso visionário, que esquadrinha suas ideias?

Convertendo-as em versos, para que, mentes incendeias

E veja a solidão abissal, que o homem vive acorrentado.

Só nasce o homem, sem ao menos por isso, ter optado

Atado a dogmas, sofismas, elos de colossais cadeias

Que subverte a razão, nesta escuridão não há candeias 

Deste cruel fado, dificilmente será o mesmo resgatado.

Assim, a poesia lírica, dramática, narrativa ou realista

Cumpre sua nobre missão, nossas dores sanas, amenizas

Sem fazer o uso de cerimônia, formalidade, ritualista.

Dessa forma, conforta o corpo e o espírito que agonizas

Não lançando mão de qualquer ciência oculta, cabalista

Com sensatez o poeta, com suas rimas e versos preconizas

22/10/2016

ILARIO MOREIRA

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Humildade

Difícil é exercitar a humildade

Exige o policiar-se constante

Pois, o nosso ego é inconstante

A pretensão nos rouba a piedade.

.

E devemos agir, fazer  bondade

E que façamos isto, todo instante

Nosso próximo servir, é importante

Ajudar por amor, não vaidade.

.

Sejamos paciente, inteligente

Pois, tudo na vida é passageiro

No agir, servir, sejamos diligente.

O tempo é implavel e ligeiro

E o servir é a tarefa mor, urgente

Leve consolo, paz, no bagageiro.

30/11/2016

ILARIO MOREIRA

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Ressoar do pinho

Geme, geme suas cordas violão plangente

Ecoa seu choro, suas notas voluptuosas

Que a mente inebria e torna bela, ditosas

Amenizando o penar, até do mero indigente.

Viaja e, em sua viagem torne-se fulgente

Luzindo o caminho de mentes sã, ociosas

De boêmios, raparigas, virgens vaporosas

Que o seu timbre seja apraz e diligente.

Passeie, vague rápida por entre os vórtices

Leve com leveza, seu mago espectro sonoro

Aos ouvintes mais solitários, por peraltices.

És um instrumento musical, ímpar, canoro

Que os outros suplantas, alcanças os ápices

Quando indubitavelmente, os torna insonoro.

ILARIO MOREIRA

28/04/2016

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Memórias de um Vampiro

Noctívago, gosto da penumbra, das sombras
Onde o Mal a espreita vive, e quedo aguarda
O incauto, sem dar-lhe chance, salvaguarda
Para mata-lo e oculta-lo, cruel o desmembras. 
O cheiro de sangue, o ódio, me deslumbras
Por este prazer repousante, fico em guarda
Do extermínio, do sofrimento sou vanguarda
Viloso, impiedoso, mal, nada me assombras. 
Do mísero homem, quero o seu visgo da vida
Sugar até a última gota, deste néctar insosso 
Subjugar, carcomer, sorver, esta Alma atrevida.
Por fim, restará apenas, pele, carne e osso
Fartei-me de matéria biologicamente liquida
Tranquilo esperar mais um anoitecer posso.
21/01/2016
ILARIO MOREIRA
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Minhas Origens

Sou uma combina ção,  duas ha ploi des
Que ao fecundar tornou-me ser seleto
E vulnerável ,  fraco, um vão ob jeto
E tendo como o rigem ás me ioses.
.
Eu, era massa dis forme de di plo ides
De mero embrião,  após mutação,  feto
Crescendo, rece bendo amor,  afeto
Deixei de pare cer com huma noides.
.
Nasci uma crian ça, bela, sau vel 
No seio da fa lia edu cado
E foi um desen volver agra vel.
.
Sem ser intimi dado, ser cho cado
Eu moldei meu ca ter imu vel
E deixar a heran ça, tenho bus cado.
27/11/2016
ILARIO MOREIRA
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Amor platônico

Quando você aparece, feliz fico

Sua presença abrilhanta meu viver

É difícil este amor ter que esconder

Contudo, nunca digo, testifico.

-

Disfarço meu querer, do amor abdico

Junto a ti é dicil de conviver

Não deixar sentimento transparecer

És tu, uma linda musa, que deifico

-

É antagônico, este meu sentimento

Sendo casada, devo a ti o respeito

Aos dogmas, paradigmas, casamento.

-

Calmo, lento, enfrentarei esse despeito

Jamais, imploro, choro, lamento

No âmago resolverei este meu pleito.

 

01/11/2016

ILARIO MOREIRA

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Dualidade

Há em mim dois seres, duas entidades,
Um me convida á vida, outro á morte.
Um ao bem, outro ao mal...
Tento manter a sanidade!
Haverá em mim, terceira entidade...?
Vaga meu "EU", por plagas distantes,
Regiões etéreas, abismos abissais.
Trago a mão, o velho punhal Celta,
De colossais sacrifícios Druídicos .
Visto o Éfode e Túnica Sagrados,
Manchados de sangue e rotos,
Das sevícias Inquisicional.
O sono, não acalenta-me,
Sonhos mefistofélicos, amedronta-me.
Há em mim, resquícios de ancestrais gerações,
Genes de diversas Etnias.
Plácido, aguardo a "entropia final",
O corpo físico, putrefato, decompor-se-a,
A alma imortal, finalmente livre estará,
Quando a Simbiose, a dualidade terminar.

ILARIO MOREIRA

26/11/2015

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Orfeu e a Lira

Ecoa a lira como ave canora

Causando frenesi, contentamento

Lancinante, pungente, este lamento

Com melodia veloz e sonora.

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E seu som penetrante, tudo ignora

Desperta o mais belo, sentimento

O amor, do nosso esrito, alimento

E quem houve ela, logo se enamora.

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Com ela Orfeu, conquistou sua esposa

Eudice, uma ninfa, celestina

Mas, a precoce morte, desastrosa.

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Desencadeou a própria, ruína

Realizou caçada fabulosa

Morrendo apedrejado na colina.

 

 

25/11/2016

 

ILARIO MOREIRA

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Ao meu amor

Tu mulher, que este amor puro despreza

Sequer, a presença minha vislumbra

É como se estivesse eu na penumbra

Impiedosamente menospreza.

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É por todos sabido á minha preza

Então, permanecerei na sombra

Sim, no obstruir da luz, semipenumbra

Assim farei, é minha natureza.

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Em meus sonhos sempre és airosas

Eu irei amar-te como puro infante

sempre irá receber lindas rosas.

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Serás fino e sereno seu semblante

Tênue como virgens vaporosas

A você sempre serei um galante.

24/11/2016

ILARIO MOREIRA

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Metamorfose

Em vão, vivia uma vida rotineira,
Delineada de verdades absolutas,
Dogmas, preceitos, preconceitos milenares,
Norteavam minha efêmera existência.
Desprendi-me racionalmente,
Dos elos seculares,
Da massificação cultural.
Cônscio de minha "liberdade,"
Vaguei ao sabor e favor dos "mares".
Talvez, seja um pária, ser abjeto, repugnante,
Porém, autêntico e transparente,
Desfruto de minha existência "marginal".
O corpo, esconderijo da alma,
É débil, biologicamente finito,
O Espírito é imortal, imaterial, infinito.
Neste Universo físico, tridimensional,
Faz-se necessária esta "simbiose".
Para que evoluamos gradualmente,
Rumo aos anjos, deuses e a eternidade.
ILÁRIO MOREIRA.  
28/12/2014
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Deidade profana

Oh! maldito baphomet, que a todos assombras
Com os símbolos ocultistas gravados no corpo
E sua androginia torna-o herege, feito policarpo
Que morreste apunhalado e vive nas sombras.
Cabeça de bode e corpo humano, belas obras
Simboliza a luz e ás trevas, esta besta dicarpo
Os templários, o adoravam estendiam-lhe o carpo
Em reverência ao deus pagão como as cobras.
A figura atravessou séculos, a mística o seguiu
Hoje, o obelisco representa o seu másculo falo
A maçonaria adorando-o sem medo prosseguiu.
Entre seus chifres a luz mágica, universal halo
A cabeça feia é o pecado, o incauto a seguiu
O órgão gerador é a vida eterna, doce regalo.
14/04/2016
ILÁRIO MOREIRA
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Condenado

Eu tenho que resolver um problema

Que faz tempo que venho protelando

E minhas energias vem minando

Tornou-se imenso, grande, tal dilema.

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Exonerar ou morrer é o lema!

Há tempos venho vindo refutando

Estão todas as portas se fechando

Não é uma troça, pseudoproblema.

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Perdi amigos, raízes, parentela

Contrai doença, enfermidade

Esta situação exige cautela.

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E não venha com dó ou caridade 

Assim, a solidão a mim encastela

Só restou para mim, vil, vã, vaidade.

 

23/11/2016

 

ILARIO MOREIRA

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Luxúria

      


Gosto de amores atrevido, despudorado

Sem não me toques, sem falso recato

Luxúria inebriante, deste sou adepto

A lascívia me atrai, aflora minha libido.

Revigora-me, possuir o meu bem amado

Com todas ás preliminares e hábeis tato

Na ânsia louca de consumar o nobre ato

O entrelaçar de corpos suados, extenuado.

Após o frenesi, observar sinuosa silhueta

Lânguida, inerte, sedutora, feliz e saciada

É um doce pecado mas, prefiro ás ninfeta.

Seu hímen roto é rosa, de matiz encarnada

Possui ingênua malícia, a qual me excita  

Ardorosa, facilmente torna-se enamorada.

16/03/2016

ILARIO MOREIRA

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Retirante Nordestino

Chegou, sim, e chegaste fustigado

A sua face estava rosa, ardente

Tostada pelo Sol vil, inclemente

Olhou para a metrópole, intrigado.

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Pensou na seca terra, o magro gado

Na numerosa prole, dependente

A saudade inundou a cabeça, mente

Sentiu-se amargurado, renegado.

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Qual a razão do sertão, ser tão seco?

Isto, que ele gostaria de saber!

Impiedoso, o Sol tudo resseco.

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Agora era labutar e receber

Aos poucos, da falia disseco

Afastou-se, sem sequer aperceber.

22/11/2016

ILARIO MOREIRA

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Recapitulando a vida

Quantos sonhos foram fracassados, interrompidos 

Frutos de minha inércia, marasmo, incompetência

Devia ter sido mais ousado, em minha existência

Não ter tantos escrúpulos, ética, moral desmedidos.

Esquadrinho veredas, caminhos tortuosos  percorridos

Podia ter sido mais cartesiano, ter tido mais prudência

Melhor pecar pelo preciosismo que pela vã negligência

Hoje reconheço! De nada vale ter o erros reconhecidos.

A senilidade é a morada da solidão, da cruel desventura

Que atrofia o cérebro e o corpo decrépito, fraco, intimida

Fazendo com que esqueçamos até mesmo, feliz aventura.

Estou no final, no apagar das luzes, no crepúsculo da vida

É gélida e descomunal a masmorra do tempo, a clausura

Soturno, solitário, contemplo a morte, ela não é mais temida.

21/08/2016

ILARIO MOREIRA

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O portador da Luz

 


Ao cair da noite triste, sombria e aterrorizante

Surge a criatura soturna, cheia de ódio, ambição

Não vem sozinha, pois, há muitos na sua facção

Seu desejo é corromper, subjugar seu oponente.

Há risos sombrios, medo e guincho horripilante

Onde com seus aliados ela executa vil maldição

Os incautos não escapam da astucia e armação

Tombando incessantemente, inerte, intermitente.

Ela é parceira do homicida, ladrão e estuprador

A cena é triste, há sangue, vísceras, pele e osso

Quanto maior a violência, maior sera o seu ardor.

Regozija-se da desgraça humana, joga-os no fosso

Entregando-os aos vermes, seres ávidos, sem pudor 

Retornando ás sombras, pois, do dia é um egresso.

15/03/2016
ILARIO MOREIRA

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Confidências

Eu quero que tu sorva meu segredo,

Serena, no silêncio vil, noturno,

Com grande prontidão, sou taciturno,

Verás, como fomento meu degredo.

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E que o violão produza belo enredo,

Pra este conto viloso, sim, soturno,

Nosso tempo controle ele, saturno,

E que você controle o cruel medo.

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Ouça, como se fosse lindo canto,

Sendo por linda musa bem cantado,

Tu querida, não morras por espanto.

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Pense que estás a ouvir belo glissando,

Não quero desencanto, nem seu pranto,

E pense ser melodioso trinado.

19/11/2016

ILARIO MOREIRA

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(In)Gratidão

Ah! como maltrata, magoa, a cruel ingratidão

Pudera, sempre vem de quem amamos muito

E ela é bem elaborada, não é um caso fortuito

Por isso, nos surpreende destrói a prontidão.

Não sou perfeito mas, nunca tive esta aptidão

Ser ponderado, solidário, este é meu fiel intuito

Nunca fui de seguir, ser arrastado pelo séquito

Busco a excelência, o viver com plena retidão.

Procuro não causar danos, provocar dissabores

Seja para quem quer que seja, atuo com nobreza

Se não faço com presteza a face enche de rubores.

Meu espírito gosta de ajudar, isto muito me preza

Servir é uma virtude bela, por isso, há os labores

A alma aquieta-se quando sirvo com total destreza.

10/09/2016

ILARIO MOREIRA

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Vis versos

Medo há em seu olhar tímido, calcado

Quero o vil martírio, adoro ás sevícias

Não importa se peça míseras carícias

Tampouco, se cometeu algum pecado.

Se foi ele um facínora ou divino e intocado

Torturarei-o, com toda ás minhas perícias

Seu tormento, dar-me-á muitas delícias

Por fim, o verei roto, decepado, derrocado.

O sangue, o visgo da vida me domina, atiça

Talvez, por isso, surre tanto meus opositores

Para ver o licor vermelho escorrer na cortiça.

Faço e não arrependo, não causa-me dores

É para mim, ato de nobre grandeza e justiça

Quando o madeiro assola meus contendores.

22/09/2016

ILARIO MOREIRA

Saiba mais…
CPP