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A arvore. - soneto

A arvore - soneto

Estou assim completamente desnuda, vazia...
Desocupada, olhando as intempéries que me corroem.
Não tenho neste instante aquém maldizer ou roer
Desta desgovernada aflição pelo que vivo e estreito.

Apenas as belas lembranças fluem em regozijo
Do que já fui um dia, quando as minhas folhagens
Sorriam ao ver viajantes deitando a minha sombra
Fugindo do calor, do sol abrasador cáustico do verão.

Meus galhos ainda assim formam cenários geométricos.
Por suas vagas. O céu tem o amor natural ao beijar o solo.
São ainda motivos de olhos a indagarem, sobre minha nudez.

Continuo impávida ao tempo, aos raios e suas discrepâncias.
Sei que aos poucos as carcomeis acabarão de vez comigo.
Mas, não lastimo a sorte que terá o meu final. Tudo é assim!

José Lopes Cabral

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Dueto - A tua sombra

 

Dueto – A tua sombra.

A tua sombra
A tua sombra
Quando aparece
Em meus sonhos.
Fico!
Tremulo...
Nervoso...
Inerte...
Confesso!
Já não sei o que
fazer.

     José Lopes Cabral


A tua sombra
Em mim se faz miragem
Mas é tão real
O peso dessa imagem
Que brilha muito além
Do que eu posso ver
É uma sombra
Tão resplandecente
Que me envolve
Num brilho reluzente
Dando cor e sentido
Ao meu viver. 

Agradecimentos a minha querida poetisa

Marsoalex - Itabori - RJ.

Por compartilhar deste dueto.

.- Esteja no descanso eterno minha querida.=

José Lopes Cabral = Código do texto T413452.

www.recantodasletras.com.br

 

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Sou negro - soneto.

Sou negro!

- Soneto.


Dividindo as minhas angustias e aflições comigo e minhas predições
Às vezes sinto desmoronar todos os sonhos previsto na tabua da lei
Que o onipotente, criou para as longas caminhadas dos meus dias.
Não imploro! Apenas aceito as dádivas de deus que me acompanha.

Meus olhos gotejam lagrimas que se fundem ao lhano desenhado.
Na sublime esperança que um dia essa separação seja dissipada
Das mentes e das reduzidas ao nada, nascendo uma outra concepção
Que por certo arrefeceram atritos entre seres humanos sensíveis.

Sou um negro! Que em alguns momentos divido meus percalços.
Com o intuito de celebrar entre a cor e o espaço, a igualdade
Que deve existir entre as tênues peles. E apaziguar as diferenças.

Assim meus passos continuam a marcar a terra na prolifera ação
De um bem-estar entre todos, sem rancores e sem as diferenças.
Conforme o arbitra a tabua da norma cunhada pelo criador do orbe.
 

 

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CPP