Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1710)

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Almas aladas

Almas aladas

Teu gesto brando guia-me pela estrada.
E, de mãos dadas, seguimos a sonhar.
Nos dias tristes és minha alvorada;
Nos claros dias, brisa sobre o mar!

Teus braços fortes, o meu acalanto.
O teu afeto me faz renascer…
Nos teus olhos encontro tanto encanto!
É um mundo onde quero me perder.

És a razão da paz que em mim habita;
e a canção, que pulsa em meu coração.
Permita que eu diga na minha escrita;
Que és o amor, ternura e devoção.

Almas aladas num mesmo segmento;
Que alimenta toda nossa trajetória.
Doce querer que trago no momento.
Ao recordar a nossa bela história!

Márcia Aparecida Mancebo

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No trilho do sentimento

No trilho do sentimento

O sentimento é como um trem sobre os trilhos;
Corre velozmente, deixando para trás:
Coisas que entristecem e tiram todo o brilho.
Sendo que, tudo que se perdeu, não refaz.

Por mais sincero que seja este predicado;
Há que ter cuidado para não se ferir.
Um sentimento de amor pode dar errado
Se a quem é dedicado, o mesmo não sentir.

O sentimento não é imaginação;
Se for, pode trazer sérias consequências.
E o trem não para sem ser em uma estação.
Corre sobre o trilho, é sua sobrevivência.

Se o trem descarrilhar, restarão só as dores.
Todo o sentimento acalentado morre.
Se for ferido, não aceitará nem flores.
Se for muito profundo, lágrimas escorrem.

Márcia Aparecida Mancebo
12/06/25

 

 

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Liberta do meu fardo

Liberta do meu fado

Às vezes sinto-me estrela brilhante;
Guiando sonhos nas noites de inverno:
Sou lembrança de uma alma radiante;
Em juramentos de laços eternos.

Trilho, um caminho de flores e acalento,
Com canções e alegrias sou cercada:
Há perfumes pelo ar; doce momento,
Nas promessas de auroras desejadas.

Meu destino mudou a minha sorte;
Que em lamento me vejo declarar:
Fui tão feliz, ah, fui tão plena e forte.
Quem me dera poder recomeçar!

Agora sou luz viva nesta estrada.
Caminho, enfim, liberta do meu fado.
Deixei para trás a velha jornada;
Sigo em paz, de mãos dadas ao teu lado.

Márcia Aparecida Mancebo

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O silêncio é a última cartada

13649284470?profile=RESIZE_710xImagem by Margarida Maria Madruga

 

 O silêncio é a última  cartada.

 
Não consigo esquecer aquele dia.  
Vinha a noite com estrelas brilhantes;  
Era o amor que outra vez renasceria  
E minha alma sorria radiante!
 
Com requinte, fiz trança no cabelo;  
O vestido carmim foi o meu traje.  
Mas tudo não passou de um pesadelo;
Ao me ver tua voz soou ultraje.
 
A noite escureceu tão de repente.  
Estrelas ofuscaram, uma a uma.  
A amargura sentida era evidente.  
Teu desamor no instante se consuma.
 
Mas na vida o passado ao retornar:  
Chega calmo com resto da alvorada.  
Hoje vens implorar, queres voltar.  
O silêncio é a última cartada.
 
Márcia Aparecida Mancebo 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
 
 
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Palavras Que O Tempo Quer Calar

Palavras Que O Tempo Quer Calar

No véu da meia-noite, em tempo frio,
ouço sombras ecoando em lamento;
sombras que vagam, sem luzes, no vazio.
Revelam segredos de um grande tormento.

Sobre rosas murchadas, sobre um altar.
E o vento sussurra, em língua ancestral;
dizendo palavras que o tempo quer calar:
Uns versos de dor, num tom sepulcral.

Dançam no nevoeiro, amantes de outrora;
espalham histórias, sepultam almas
presas, num beijo, pálido, na aurora;
nos olhos da noite, famintos de calma.

E o coração, não morto na lembrança
mesmo, em trevas, a beleza persiste
Pulsando em ruínas, busca a esperança
Que é gótica e eterna, soturna e triste.

Márcia Aparecida Mancebo

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Solidão

13649213293?profile=RESIZE_710ximagem by Margarida Maria Madruga

 

 

Solidão

Ainda lembro, a porta no tempo frio.
A lembrança do adeus ficou retida.
Restando minha alma triste e um vazio.
Pela dor da saudade, sou invadida.

Te esperei nas manhãs com nevoeiro;
Nas madrugadas frias, qual açoite
Lembrando sempre o beijo derradeiro;
Na despedida vil daquela noite.

Naquele inverno, a vida se apagou.
O sorriso, nos lábios, esvaiu.
A lágrima na face impregnou;
De cor prata, o cabelo se tingiu.

E nunca mais foi aberta aquela porta.
Sem se importar com o tempo lá fora.
Foi encoberta pelas folhas mortas.
Me abraço à solidão que me devora.

Márcia Aparecida Mancebo.

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No silêncio da emoção

No silêncio da emoção

Memórias que povoam meu pensamento:
Te esquecer? Ah, não irei conseguir. Dividimos tantos belos momentos; Dos detalhes, não consigo fugir.

É sempre à noite que vêm essas lembranças.
Embriagadas pelo devaneio,
E de um reencontro, tenho esperança;
Para satisfazer os meus anseios.

Memórias que acalento com prazer. Elas são cobertores pra minha alma.
Parece ter som e voz, pra dizer: Essas lembranças doces trazem calma.

Mas são lembranças ternas, tão queridas,
Que valsam, no silêncio da emoção Elas bordam de amor minhas feridas.
Aquecem a saudade no coração.

 


Márcia Aparecida Mancebo 01/07/25  

 

  

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Se for Talvez...

Se for Talvez...

Quando o amor tem raiz fixa no coração.
Esse amor foi plantado com laços fortes.
Nada o levará para a destruição.
Nem o vento, nem as águas, nem a morte.

Longe de ti, sou pétala destruída.
Sou a saudade encarnada na abstinência.
Meus dias são longos, fico escondida
Velando, o sentido da tua ausência.

Pelas gotas do orvalho, sou acorrentada
a este amor, que será eternizado;
Amor que nasceu no ardor da madrugada.
Quando a encobria, nosso telhado.

Mas, se existe um talvez em seu pensamento;
Nego-lhe as palavras que a ti dediquei.
Retiro da alma todo meu sentimento.
Esqueço as promessas que um dia jurei.

Márcia Aparecida Mancebo

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O Vento e o teu Perfume (para minha mãe)

O Vento e o Teu Perfume.
(Para minha mãe)

E a sinto tão presente ao meu lado,
Como se ela ainda estivesse aqui.
Pois teu perfume em mim ficou encravado,
Isto faz tanto tempo e hoje percebi.

A tua lembrança, mãe, é doçura,
Me traz lágrimas de intensa saudade.
Recordo o teu semblante com ternura,
Depois volto para a realidade.

No meu caminhar por esta longa estrada;
Nas flores da guia, sinto o teu olor.
A tua presença ficou eternizada,
Por onde caminho, levo o teu amor.

O sussurro do vento que me acaricia;
Sinto teus gestos, leve, me envolver,
Como se fosses minha companhia,
Me ensinando outra vez como viver.

Márcia Aparecida Mancebo
28/06/25

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A flor orquídea e o poeta

A flor, orquídea e o poeta.

A flor, orquídea, enfeita o inverno.
Evoca pra minha alma paz e amor.
Oh, orquídea, a flor, teu porte terno
e a tua humildade aguça-me o ardor!

Em minha veia, o ardor se faz presente
E, como a orquídea, é fervoroso.
É com sabedoria que sigo em frente
velando este sentir, tão amoroso.

A esta flor presto reverências.
Pois tua essência traz esperança.
E em tua elegância há paciência;
Ah, orquídea, louvo tua presença!

À margem do canteiro, há exclusão.
E que flor não guarda em si seu valor
se sua beleza traz inspiração
aos olhos de um poeta sonhador?

Márcia Aparecida Mancebo

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Versos em Chamas

Versos em chamas

A alma daquele poeta arde em chama.
Com eloquência, os versos são traçados;
Como a luz que a claridade derrama.
Em cada estrofe há um mundo bordado.

O verso vem tão sereno e inabalável
Como uma rocha no tempo a resistir.
O amor que canta tem som agradável.
É chama viva a nunca se extinguir.

A cada verso renasce a fantasia;
Em bela flor bordada em emoção;
Com pena traça com toda magia, Fecundado a mente e o coração.

E o poeta, fiel à inspiração Transmuta a dor em doce melodia,
Tecendo o amor no fio da canção;
Faz renascer floreada poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Capricho

Capricho

Tenho feito, como capricho, nas tardes.
Para sentir o coração vigoroso.
Deixo de fora, mazela e saudade.
Contemplando o pôr do sol maravilhoso.

Sinto que amadurecendo as fantasias.
A inspiração do sol se escondendo traz;
Emaranhado de letras e a poesia
Desperta, translúcida, e me satisfaz

Esse capricho é um arroubo tão gostoso.
Pois em êxtase a alma não adormece;
Fica altiva num gesto majestoso
E, o que me inspirou no fim da tarde, é, prece!

Poesia de mãos dadas com o poente;
Toma forma e alma, como ser vivente.
A pena vai deslizando lentamente:
o verso é rito, é luz, é canto eloquente.

Márcia Aparecida Mancebo
23/06/25

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Outra vez, Você!

Outra vez, você.

No quarto, o silêncio outra vez ecoou,
Trazendo o ontem pra lembrar minha história;
Da tua ausência que o tempo não levou.
… Ainda sinto teu cheiro na memória.

Teu perfume, quantas vezes desejei;
Entre lágrimas, te sentir outra vez.
No amor há deslizes, isso não neguei.
Em minha alma, há um rasgo que não se desfez.

Te encontrei nas entrelinhas do passado.
E quantas vezes te rever, desejei.
Hoje, sinto o coração arrebatado.
E com pranto me refiz… ah, e errei.

Sei que é impossível haver recomeço.
Uma paixão tão brilhante não se apaga.
Em ço.
Mesmo quando a alma, em segredo, se rasga.

Márcia Aparecida Mancebo
30/06/25.

 

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Flor em floração

Flor em floração- I

O tempo vem me curando,
Das dores que há na lembrança,
Pouco a pouco vai brotando
Um broto de confiança.

É tão bom assim viver,
Com o pensamento aberto.
Então, posso renascer
Seguindo um caminho certo.

Me visita uma imagem
Da infância encantada.
Vejo, na bela miragem;
Uma paz doce, bordada.

E nesta manhã serena
Tinjo o inverno de emoção
Não mais sinto a dor pequena.
Sou uma flor em floração.

Márcia Aparecida Mancebo

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Rara tapeçaria

Rara tapeçaria.

Não deixo a aurora da vida me consumir;
Nesta idade, os sentimentos fragilizam.
E das intempéries não dá pra fugir.
Chegam como furacão e martirizam.

Mas faço tudo para não me machucar.
Impeço que infle o meu coração de rancor.
Idade da aurora que anseia recordar
O que marcou a mocidade, o belo amor!

Então, solfejo o viver com maturidade
Acalentando a aurora, tempo que sonhei.
Idade enfeitada com flores da saudade.
Rara tapeçaria que os instantes bordei.

Ah, aurora da vida, envelheço sorrindo
fazendo de conta que o tempo não passou…
… E se o espelho mostrar um traço já sumindo;
é somente reflexo do que já brilhou.

Márcia Aparecida Mancebo
29/06/25

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Por inteiro

Por Inteiro

No silêncio terno desta tarde,
teu nome dança no ar como alerta.
Cada gesto teu, suave saudade,
minha alma acorda e pra vida desperta.

Lembro teu olhar...estrelas no meu céu,
como um farol que guia o meu destino.
Com teus olhos, o mundo perde o véu;
vejo o meu viver calmo e cristalino.

És o porto seguro dos meus dias.
Basta lembrar: nasci pra te seguir.
Neste teu barco irei com alegria,
e nada neste mundo irá impedir.

Se um dia o tempo se esquecer de nós,
sei que este amor foi belo e verdadeiro.
Ficará no ar o eco da nossa voz,
eternizando nosso amor por inteiro.

Márcia Aparecida Mancebo
29/06/25

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Eco que não deixei

Eco que não deixei

Está escrito na cartilha da vida,
Mas quis ser silêncio onde pediam canção
Ao partir, serei memória esquecida.
Pois chamei de inútil o meu coração.

Fui sombra nas tardes em que deveria ser luz.
Me escondi da vida e de mim também.
Essa dor em meu peito, ninguém traduz.
Não há remédio que cure, sei muito bem.

Quando a escuridão o céu abranger.
As horas passaram sem me notar
Vivi os dias sem ninguém perceber.
Fui árvore seca prestes a tombar.

Márcia Aparecida Mancebo
28/06/25

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Entre Promessas e Silêncios

 

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Imagem by Margarida 

Entre Promessas e Silencios

Na ventania, meu pensamento vai:
buscar na memória aquele amor
Esse sentimento lindo me distrai;
Meu corpo arde ao lembrar teu calor.

Revejo o barco que te levou distante.
Ao nos despedirmos, juras fizeste.
Tuas promessas me fez seguir adiante.
Hoje sou uma flor perdida no agreste.

Nesta distração navegam os meus dias.
De tanto pensar em ti, o tempo esvai:
Trazendo noites longas e melancolia,
Levando a alegria, deixando ais.

Tenho tentado esquecer o passado.
Recomeçar a viver é meu desejo.
Mas tua imagem está sempre ao meu lado.
Ficou tatuado as marcas do teu beijo.

Márcia Aparecida Mancebo
25/06/25

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Esperança, fulgor da alma

Esperança, fulgor da alma

E sem grilhões habita o pensamento
Ela é o suporte que move a vida,
É semente guardada no sentimento
Como luminiscencia numa alma ávida.

Ter esperança é um sonho acalentar
Para reger os dias, com o saber.
É ter paciência, ela irá chegar
E será aclamada como o prazer.

Virá como um raio de luz no céu,
Dando fim aos incômodos e dores,
Abrindo horizonte qual fogaréu
Inundando a alma com fartos fulgores.

A esperança nasce como uma flor
Lentamente cresce e ganha tamanho
Traz à luz sem implorar, sem clamor
Quando se percebe realizou o sonho.

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP