Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1711)

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Tudo passa

Tudo passa

Desponta a noite e a lua vem depressa;
encher meu pensamento com lembranças
de um tempo que viver, não tinha pressa;
Um tempo recheado de esperança.

Na madrugada, a lua, então, começa:
acalentar minha alma inda criança
que soluçando, a lágrima se apressa
co'alma triste, fazer, uma aliança.

Assim decorre a noite lentamente.
E um reboliço abate minha mente.
Cansada de chorar, eu adormeço.

Acordo com o dia na vidraça;
sentindo, que na vida, tudo passa.
E com disposição para o recomeço!

Márcia Aparecida Mancebo

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Acalanto

Acalanto

Não se ocupe com beleza.
A vaidade que buscamos,
Aproveite nesta estrada
Ver as flores que plantamos.
Rosas, cravos e jasmins
São as flores do jardim
Sem querer nós nem notamos..

Sem querer nós nem notamos;
Essas flores com perfumes
Da primavera passada
Que serviu de nosso lume;
E que nos acalantou
Quando a lágrima rolou
Para afastar os queixumes.

Márcia Aparecida Mancebo

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Mel

Mel

Cada vez que penso em ti:
os momentos de alegria,
toda a nossa travessia
Ao teu lado percebi
O que jamais eu senti.
Provei da vida um sabor;
Aprendendo o que é o amor:
Essa flor tão delicada
Nascida numa alvorada
E tem perfume e calor!

Por isso me apaixonei
E agora, aqui sozinha
Choro esta dor que é só minha
E jamais te esquecerei.
No coração levarei
Pelos becos e avenidas,
O mel da tua bebida
Que bebi em teu abraço;
Que me uniu a ti em laço
Onde amarrei minha vida!

Márcia Aparecida Mancebo

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Poesia viva

Poesia viva

Quando o sonho se aquieta
No cochilo da manhã,
O pensamento arquiteta
Recostado num divã.

Enquanto raios de sol
Adentram pelo janela
A mente encontra um farol
E em poesia se revela.

O silêncio abraça a aurora
E neste instante silente
Versos a vida decora
De uma forma diferente.

O tempo abarca a ternura
Como um barco à deriva
Navegando com brandura
Trazendo a poesia viva.

Márcia Aparecida Mancebo

( Poema em redondinha maior. )

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Empréstimo

Empréstimo 

Não me engano nesta vida;
Acumulando riqueza
Na mente, tenho a certeza 
E não choro arrependida,
Sequer fico comovida;
Ao lembrar que nada é meu.
É um empréstimo de Deus: 
Carro, moto e uma mansão 
E até o meu coração…
A mim, nunca pertenceu!

Márcia Aparecida Mancebo

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Saudade

 

Saudade 

Com os olhos voltados para o horizonte
Neste entardecer cinza esfumaçado
Vejo a natureza escura lá no monte;
lá onde as flores cobriam o gramado.

Aquele fio de água tímido e brilhante,
sumiu. Não aparece mais daqui onde estou
Não sei se foi o tempo que se vai distante
Ou, o fogaréu na mata que o secou.

Uma angústia invade minha mente
E a tardezinha traz - me uma saudade
da beleza do horizonte antigamente
quando o sol despedia - se da tarde
quando mudava a estação rapidamente.

Era uma tela esse momento dourado
Que minha alma não cabia no meu peito
Era uma alegria ver o céu pintado
com as cores belas, não deste jeito!

Márcia Aparecida Mancebo

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Risos e lutas

Risos e lutas

Nas trilhas da vida caminho silente
procurando uma sombra para descansar
Andar com a pressa que andei é evidente
cansar, e até mesmo, pensar em parar.

Nesta caminhada vi de tudo um pouco;
É muito aprendi pra tirar conclusão;
Ao vivenciar neste mundo tão louco
feri muitas vezes o meu coração.

Perfeição não há, nesta longa jornada.
Vivi os meus dias de risos, de lutas.
Tive que parar numa sombra da estrada
para me enxugar do suor da labuta.

E neste labor encontrei a verdade
Não quis honraria nem uma coroa
Pois tenho em minha alma uma tranquilidade
Nesta dança, a vida, não vivi à toa!

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

(Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras : silente, vivenciar, perfeição, aliança)

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Detalhes

T e m a:

"A vida exige maestria."

(Trecho do poema Maestria - Editt Schimanoski de Jesus)

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Detalhes

A vida é um barco a balançar no mar.
Qual timoneira, conduzo co' atenção
Sigo atenta para o rumo não errar
Meu desejo é não ferir o coração.

Se vacilar afundo e irei perecer
e as águas cegarão a minha visão
Se o tempo estiver nublado pra chover
seguramente tempestades virão.

Ansiando os dias com felicidade
olho ao derredor para a bela imagem
para que, se um dia, eu sentir saudade
lembre - me dos detalhes da paisagem.

Essa maestria exigente da vida
requer conhecimento e sabedoria;
Estar sempre alerta aos ventos que na lida
poderão trazer dor… levar a alegria.

Márcia Aparecida Mancebo
20/05/24

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Sedução

Sedução

Ao fitar a lua aqui da minha sacada;
Revejo a juventude que fora tão bela:
Vem para lembrança muitas madrugadas.
E acalmo a minh'alma ao rever esta tela.

Chega um sentimento com intenso ardor;
E inunda o meu ser com tamanha emoção.
Ao rememorar vejo-o tão sedutor;
Que sinto o pulsar forte do coração.

Lembro a  juventude com a fantasia;
Uma sensação boa emana a ternura:
Transportando-me ao sonho à luz do dia;
Dum tempo feliz repleto de doçura!

Nesta noite linda, a lua, cortejando:
E a vida passando com curvas vencidas.
As lágrimas vertem, a face molhando.
Mas são de alegrias que tive na vida!

Márcia Aparecida Mancebo

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Delírio

Delírio

Meu viver é um composto de sentimentos:
E neste circunspecto sigo os meus dias.
Ora escrevendo o que vem ao pensamento;
Ora enaltecendo a minha fantasia.

Neste delírio revejo estações
E glorifico-me com a primavera.
Chego a sentir o aroma da plantação:
Que me levam ao sonho de antigas quimeras…

Antigas quimeras, ilusões do passado;
Lembrá-las judia meu velho coração…
Às vezes sinto-o um alpendre quebrado:
Ao se amargurar co’ fel a solidão.

Este ser, antes, enfático, tem timidez.
Escreve versos com tinta da saudade:
Neste complexo viver se satisfez
Escondendo-se na sua fiel verdade.

Márcia Aparecida Mancebo (10/08/24)

 

 

 

( atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito )

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Pai, minha saudade

Pai,minha saudade.

Hoje a saudade chegou sorrateira;
Molhando a face com lágrimas salgadas!
A tua lembrança é a minha companheira.
Quando me sinto só na minha jornada.

Tudo que me ensinaste guardei comigo.
Era tão menina para compreender
Que a vida seguiria sem teu abrigo;
Foram as tuas palavras o meu viver.

Hoje recordando teu belo semblante,
Me vejo menina a teu lado a brincar;
E o meu pensamento vai longe, distante:
Como se pudesse no além te buscar…

Será para sempre o meu herói tão amado;
Aquele que foi sábio co’ensinamento:
Sou vitoriosa grata ao teu legado.
Meu amor por ti abraça meu sentimento.

Márcia Aparecida Mancebo(11/08/24)

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Pai

Pai

Pai, tu me ensinaste seguir pela vida.
Com tuas palavras de sabedoria
Em tuas mãos há calos de uma lida.
No teu abraçar esta minha alegria.

Seguindo os teus passos, trilhei o caminho;
Abracei os meus dias com teu ensinamento:
E foi nos teus braços que fiz meu ninho
E no teu silêncio, o entendimento.

Pai, tu foste o herói das minhas vitórias!
E nos teus conselhos, encontrei estradas;
Vivi aventuras com as tuas histórias:
Nos sulcos que narram tantas jornadas!

Hoje, celebro-te com gratidão.
Contigo aprendi ser forte e resistente!
Hoje oferto-te todo o meu coração
e um singelo poema como presente!


Márcia Aparecida Mancebo
11/08/24

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Vitoriosa

Vencedora

A velhice é um combate pra ser vencido
Cada amanhecer um novo desafio
Digo isto, pois isto tenho vivido
Para que os meus dias não sejam sombrios.

Tudo que é sombrio deixa a vida triste
Faz com que os meus olhos com nada se encante
Sigo procurando a beleza que existe
Num gesto de doação ao meu semelhante.

Quero viver e conquistar a vitória
Sem me ferir co'espinhos desta estrada
Sigo um conselho e guardo-o na memória
Pra que seja leve a minha caminhada.

Pretendo enfrentar a velhice feliz
Vencendo os desafios com emoção
Findar a jornada sem ter cicatriz
Isto é motivo para celebração!

Márcia Aparecida Mancebo
01/08/24

(Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito )

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Até o fim...

Até o fim…

Se ouvires da brisa um sussurrar bem leve
É o meu coração que agitado te chama.
Pois, a vida é um cristal e passa tão breve;
E ao passar tão breve teu nome proclama!

Neste chamamento do meu coração
existe um amor que no peito inflama
E morre de medo que faleça a paixão.
Pois, sozinha serei uma apagada chama.

O efeito da chama apagada é tristonha:
O amor perde o brilho, tudo vira, dores
É qual caminhar sobre pedras tamanhas
E perde a fragrância existente nas flores!

Mas caso ouvires o sussurrar da brisa.
Faça o possível pra chegares a mim.
Que a vida lentamente se vai… desliza;
E o teu nome irei chamando até o fim…

Márcia Aparecida Mancebo
09/08/24

 

 

 

 

 

( Aividade do Grupo DESAFIO POÉTICO com as palavras em negrito)

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Na fonte do amor

Na fonte do amor

Em rumo da fonte do amor, do desejo
Eu sigo o caminho que o vento indicar,
Pois guardo nos lábios o sabor dos teus beijos
Careço de ti para me acompanhar...

Lembrando o teu riso, teus olhos...me vejo
No canto bonito da brisa do mar
Co' a boca sedenta nos dias revejo
Nós dois meu querido, juntinhos a amar.

Somente a saudade caminha comigo
entre as flores belas com tons coloridos.
Sozinha na vida procuro um sentido.

Procuro motivos, fantasio e sigo
pra fonte do amor te esperar é costume
É alucinação, mas sinto teu perfume

Márcia Aparecida Mancebo

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O tempo com sabor de mel

O tempo com sabor de mel

O tempo é um relógio sem ponteiro
É lépido e passa tão levemente
lapidando o que se viveu por inteiro;
os momentos vividos intensamente.

Não consegue enrijecer o coração
fazendo com que o ser perca a idoneidade
sequer leva da vida toda emoção
deixando de ansiar a felicidade.

Eleva a ilusão da paixão cristalina
Não consegue levar a sabedoria
E, não machuca a alma da menina
intuindo que o amor é uma fantasia.

A rotina do tempo é transformação
Passa curando as feridas da idade
Ensinando o valor de pedir perdão
E não deixa morrer a antiga saudade.

Márcia Aparecida Mancebo
05/08/24

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Lembranças

Lembranças

Acordo a criança
Que trago em minha alma
Volto - me as lembranças
Para sentir calma
Voo pela imensidão
Afago o coração.

Nas aventuras vividas,
nos belos momentos
Que tive na vida
Nos voos aos ventos,
nos sonhos retidos
Por caminhos floridos.

Na bela paisagem
A criança está
E entre as folhagens
Está a brincar
Colorindo o céu
Coberta com véu!

Márcia Aparecida Mancebo
31/07/24

 

 

 

 

(. Atividade do grupo criado pelo poeta José Carlos Avelar)

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Versos reféns

Versos reféns

Meus versos estão presos num calabouço
Quando é madrugada choram de saudade
Acordam a minha alma que a suspirar, ouço.
Entrelaçados estão em cumplicidade.

E, nessa prisão uma dor os consomem
Ansiosos desejam contar os meus medos,
por isso os prendo por citarem meu nome
Não quero mostrar o que guardo em segredo.

Meus versos desejam ter a liberdade
Voar sobre a linha de um branco papel
Meus versos não mentem, só dizem a verdade
Por isso os mantenho sob um negro véu.

Mantendo-os reféns estarei protegida
Se os ponho nas linhas irão relatar
Os sonhos frustrados que tive na vida
E guardo-os escondidos para não chorar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Último momento

Último momento

Dessa ausência melíflua me angustio
Cada hora que passa e cada instante
Corre em pensamento como um fio
Meu fim, como gota de água tremulante.

É lúgubre, suspensa e sem brilho
A partida é canção indesejada, mas real.
Toma - me o tédio como estribilho
E eu irei desta vida...sou pobre mortal.

Em um jazigo com flores na despedida
Haverá alguém a demonstrar saudade
E é sem lágrima que deixarei a vida
Meu corpo descansará sem idoneidade.

Entenderão, ninguém nasceu pra ser eterno.
Como uma estrela a luzir no firmamento
Com a face pulcra deixarei o colo
materno
Ao som das trombetas, será meu último momento.

Márcia A Mancebo
27/11/2017

( Meliflua, jazigo, lúgrube e pulcra foram palavras dadas por Marcos Mollica num desafio poético.)

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Serenando minha alma

Serenando minha alma

Caminho abraçada com a esperança
Nela encontro forças para caminhar
Nesse emaranhado há milhões de lembranças
que são quais as ondas macias do mar.

É nessas ondas que o tempo se enrolou
levando os entulhos que eu carregava
E meu rumo da estrada tudo mudou
fazendo-me ver flores onde passava.

Foi neste caminho florido trilhado que a fé
aumentou pra eu seguir a jornada
para que não me sentisse um ser quebrado
E encontrasse setas pelas estradas.

Foram essas setas, rumo e direção
serenando minha alma cheia de anseios
Aprendi dizer bem alto gratidão
Viver o tempo real sem devaneios.

Márcia Aparecida Mancebo

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