Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1723)

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Poesia

Poesia

A claridade que entra pela janela
Mostra-me a manhã bonita lá fora,
restos de flores abrolhando tão belas!
Chego a esquecer que a vida aos poucos vai embora.

Tela exuberante que vejo no dia,
sensação boa em poder contemplar…
Contemplar e agradecer por essa alegria
Que sinto o coração rápido pulsar.

A emoção toma o meu ser por inteiro
Poder sentir o que sinto no momento
É como valsar com o meu companheiro
Qual fosse folha voando pelo vento!

Na condição que me encontro: extasiada
Com esse luzir que o sol irradia
Pego na pena com a mente inspirada
E unindo palavras escrevo poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Tela

Tela

O dia nasceu
Co' o sol tão brilhante
E me surpreendeu;
dia exuberante!

Folhas pelo chão
Aroma pelo ar
Sinto o coração
Tão forte pulsar!

Entre flores belas
Um reino encantado
Parecendo tela
Com lindo gramado.

Dádiva divina
ter um dia assim…
Lembro - me menina:
feliz no jardim.

Neste dia lindo,
pássaros cantando
Eu vou colorindo
A vida passando.

Márcia Aparecida Mancebo

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Nova estação

Nova estação.

A cerração esconde o caminho a seguir
que o orvalho encobriu na madrugada fria.
Gotas luminosas de orvalho a cair
Não impedem que minh’alma sinta alegria.

Diante dessa paisagem que muito encanta,
Meu coração enche-se de gratidão
ao ver a manhã qual fonte que canta
Meu ser extasia-se co’a Criação!

Quanto aprendizado retenho na mente;
Quanto me ensina a sábia natureza
Fazendo o dia adentrar lentamente
Que explode com seus raios toda beleza!

Toda a beldade que expõe a paisagem
Trazem aos meus olhos a iluminação
e eu contemplo nesta longa viagem
Este tempo invernal da nova estação.

Márcia Aparecida Mancebo
04/07/24

 

 

 

(Atividade do grupo desafio poético : CAMINHO, APRENDIZADO,ILUMINAÇÃO,GRATIDÃO)

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Recordações

Recordações

Estações virão e o tempo passará
e eu ainda guardo aquela velha taça
de um momento belo que não voltará,
de um amor eterno que a saudade abraça.

Dum último brinde feito com carinho
Depois o silêncio envolveu o espaço
ao degustarmos o saboroso vinho
Ah! Que instante bom deitar em teu regaço!

Meu coração quase saiu pela boca
Ao lembrar - me agora sinto a sensação
Vem á mente tudo, até a tua voz rouca
sussurrando palavras com emoção.

Palavras tão doces selaram o amor
Tantos anos juntos, quantas estações
senti teu abraço, senti o teu calor
Hoje resta apenas as recordações!

Márcia Aparecida Mancebo

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Cacos da saudade

T e m a:

"Na vastidão do meu ser solitário,
Caminho pelas trilhas da saudade."

(Trecho do poema Ruas vazias - Diego Tomasco)

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Cacos da saudade

Refletindo sobre quimeras passadas
Revejo estação onde guardo saudades
que as lágrimas descem lentas e salgadas
com lembranças dos tempos da mocidade.

Hoje, a solidão na noite é a companhia
Levando meu ser dividir-se em pedaços
acordando o passado que adormecia
em cada estrela a vagar pelo espaço.

São tantos os momentos para recordar,
são tantas trilhas que um dia caminhei
que explodem em cacos a luz do luar
dourando os lugares por onde eu passei.

Chego a sentir o cheiro da solidão
E ouvir aquela canção decorada
Nesse instante minha alma e meu coração
Valsam no silêncio da madrugada!

Márcia Aparecida Mancebo
24/04/24

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Meta de vida

Meta de vida

A sabedoria leva-me a entender
que sem dar o perdão, não serei perdoada
Se escolhi viver sem ter  o sofrer
Tenho que seguir sorrindo pela estrada.

Tenho que carregar minha cruz co' amor
E com bondade o meu irmão perdoar
para sentir o caminho com olor
Seguir conjugando sempre o verbo amar.

Perdoar alguém é ter empatia 
É reconhecer que todo mundo falha
é  um predicado que traz a alegria
É dar o perdão pra não sentir - se tralha.

Tenho liberdade para isso fazer:
amar, perdoar sem guardar rancor
Se quero ser feliz preciso saber:
com bons sentimentos viverei co'ardor!

Márcia Aparecida Mancebo
05/06/24

 

 

 

 

 

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético 

Palavras:Liberdade, perdão,amor, sabedoria 

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Tudo tem um fim

Tudo tem um fim

Na brisa que passa tão leve no espaço
Eu sinto findar meu deserto sofrido
Caminho com pressa atropelando os passos
Por medo de ser outra vez atingido.

Pois, na madrugada o deserto é tão frio
O vento da noite só traz desalento
Sozinha no escuro vi o mundo sombrio
Lágrimas rolaram a todo momento.

E, quando findou todo o meu desatino
Enxuguei as lágrimas e segui a lida
Crendo que cumpri todo o meu destino
Que fora outorgada pela minha vida.

Nesse fato ocorrido aprendi viver
E a brisa que passa no espaço tão leve
Trouxe a sabedoria para eu entender
Tudo tem um fim nesta vida que é breve!

Márcia Aparecida Mancebo

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Resta - me

Resta - me

A vidraça embaçada pelo sereno,
A rua deserta sem nenhum ruído
Nessa noite escura sem um vento ameno
dá para notar todo o ar poluído
sufocando - me num espaço pequeno.
e esconde do meu olhar o mundo colorido

Esta noite quero rever meu passado
E encontrar aquela pequena estrelinha
Que iluminou todo o caminho trilhado
todas às vezes que estava sozinha
sentindo - me um alpendre velho, quebrado.

Está difícil encontrá - la na noite
A escuridão esconde todo o brilhar
Em meu ser a tristeza é um açoite
Ah! Estrelinha para te admirar
não dormiria e faria pernoite
para no seu brilho poder me banhar.

Resta - me entreter com coisas tolas… vãs
Até que eu adormeça de cansaço
aqui sentada, esperando que amanhã
a noite venha com estrelas no espaço
para iluminar minha lida, meu afã
e dirigir o rumo dos meus passos!

Márcia Aparecida Mancebo

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Já passei por tantas luas,
Seguindo o mesmo trilhar
Vi estrelas caírem na rua
Por onde eu iria passar!

Tantos percalços venci
E lágrimas sufoquei
Foi assim que sobrevivi
Por tudo que já passei.

Se não fosse a minha fé
E a constante oração
Não teria andado a pé
Seguindo o meu coração.

Toda força que me guia
Vem de Deus, o meu Senhor
Que ao acordar- me para o dia
Infla o meu ser com amor!

Márcia Aparecida Mancebo
05/06/24

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Sem esquema

Sem esquema

Percebo agora que rastros deixei
pela trilha que me fora outorgada
Todo caminho seguido passei
sobre pedras e espinhos na alvorada.

Ouvi pássaros cantores nas manhãs,
vi flores se abrirem belas, coloridas,
adormeci cansada pelo afã,
lágrimas caíram nas despedidas.

Recordo também que muito ensinei
E a vida foi passando sem esquema
E tantas pessoas eu perdoei
Não me sinto nenhum pouco pequena.

Vi e ouvi coisas que me marcaram
Até hoje estão na minha memória.
Muito aprendi com o que me ensinaram
Foi aí que começou minha história.

Hoje percebo que os traços estão
em cada ruga, em casa gesto dos filhos
Muita coisa perdi, dei de coração
O que interessa é que os rastros tem brilho!

Márcia Aparecida Mancebo

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Meu sentir

Meu sentir 

A vida, essa tela colorida, bela
Onde a natureza expõe - se exuberante
Destacando suas cores na janela
do tempo, onde nele sou um viajante.

Um peregrino igual à folha ao vento
Às vezes voando, às vezes rodopiando
Co'a mente repleta de bons pensamentos
E sem malícia sigo caminhando.

Sem formalidade assumo andar sonhando
Ah! Quero viver assim com fantasia
Sem estar presa e sem viver chorando
Com intuito de encontrar só alegria!

Pois, é assim que vejo longe a claridade
E desprendo - me do que traz a tristeza
podendo afirmar meu sentir de verdade:
desejando inflar minha alma de pureza!

Márcia Aparecida Mancebo

Atividade do grupo Desafio Poético ( igual, claridade, formalidade, exuberante)

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Abrigo

Abrigo

A vida ensina - me a seguir a jornada
Entusiasmando - me, pois, por ela sigo
Indicando - me co' a beleza da estrada
que num ponto qualquer encontrei abrigo.

Fazendo que as manhãs nasçam com o brilho
das estrelas da noite anterior
mesclando com raios todo o meu trilho
para que meus olhos contemplem o amor.

Meus olhos atentos à luz da grandeza
revigora meu ser a seguir adiante
exaltando - me com o aroma da natureza
e eu vejo o horizonte perto e não distante.

O abrigo está no horizonte florido
e é para lá que conduzo os meus passos
Já sinto findar meu deserto sofrido
Na brisa que passa tão leve no espaço!

Márcia Aparecida Mancebo

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Nódoa

Nódoa

Não dura pra sempre uma tempestade
que ao chegar, faz mudança na paisagem
e depois passa qual fosse majestade
deixando resquícios na sua imagem.

Cada vez que o vento aponta do norte
Sinal que virá chuva em dimensão
Há que se preparar, pois, virá forte
Transbordando rios co' inundação.

Assim são os dias nas tribulações
Trazendo tristeza que abala o ser
Deixando feridas nos corações
E ao findar, muda o rumo do viver.

Por isso entendo essa situação;
passa. Mas é difícil para esquecer:
que as lágrimas rolam qual ribeirão
e um vento tão forte traz o sofrer
que a alma parece que irá desprender!

Márcia Aparecida Mancebo

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Valsa das folhas

Valsa das folhas

A claridade que entra pela janela
Mostra-me a manhã bonita lá fora,
restos de flores abrolhando tão belas!
Chego a esquecer que a vida aos poucos vai embora.

Tela exuberante que vejo no dia,
sensação boa em poder contemplar…
Contemplar e agradecer por essa alegria
Que sinto o coração rápido pulsar.

A emoção toma o meu ser por inteiro
Poder sentir o que sinto no momento
É como valsar com o meu companheiro
Qual fosse folha voando pelo vento!

Na condição que me encontro: encantada
Com esse luzir que o sol irradia
Pego na pena com a mente inspirada
E unindo as letras escrevo poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Aprendi

Aprendi

Aprendi levar a vida qual um hino
Por onde passo deixo uma esperança
Acredito ser este o meu destino
Não encher a mente de triste lembrança.

Cada dia vencido é um verso escrito
Onde lavro o melhor da minha história
Resolvi viver assim meio esquisito,
mas é assim que trago paz para memória.

Que adianta o que não fiz me arrepender?
Sequer o acaso poderá me ajudar
Então fiz uma aliança co'o viver:
levar sempre um sorriso onde passar.

É um quesito que pode ser discutível
Preferi levar a vida qual menina
Demorou, mas aprendi que é possível
Seguir feliz carregando a minha sina!

Márcia Aparecida Mancebo
19/05/24

 

 

Atividade do desafio poético. Palavras: destino, discutível, verso, aliança

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Hoje

Hoje

O dia amanheceu com folhas voando
Forrando o chão com um tapete macio
Neste instante meu pensamento vagando
Passeia no tempo e o meu viver fantasio.

Visto-me do que vivo neste momento
Nesta estação outonal com ventania
Com o céu nublando os meus sentimentos
E sinto rolar lágrimas arredias.

São lágrimas de saudade do passado
Dum tempo que vem com força na memória
Pois sentia o gramado todo molhado
Sem pensar que ali escrevia minha história.

São boas lembranças que guardo na mente;
Recordações que se tornaram viçosas
E ao envelhecer trago-as qual rara semente
Que vou plantando co´alma dadivosa!

Márcia Aparecida Mancebo

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Deixa..

Deixa ...

Deixa que anoiteça assim
Sem estrela a iluminar
Esse caminho sem fim
Aproveitemos amar.

Deixe que a noite obscura
Cubra - nos com o fervor
Dos amantes que na escura
Trocam as juras de amor.

Acolho - te em meu regaço
apalpando os teus cabelos
Dormirás sobre os meus braços
e não terás pesadelo.

Deixa que anoiteça assim
Pode ser que descubramos
Nosso amor não teve fim
E o quanto nós, nos amamos.

Márcia Aparecida Mancebo

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Personagem de romance

Personagens de romance.

Lembro-me bem como nasceu esse amor.
Veio com um vento forte e trouxe
um turbilhão de sensações e fervor
Tão firme permanece, não ha quem afrouxe.
Com nó está atado e o levarei a eternidade.

Fez do coração a sua moradia.
É calmo, traz ternura para meus dias.
Não chegou espatifando anseios.
Pelo contrário, ele traz lindos devaneios.

Perco-me na imensidão por tanto amar.
Vaqueio perdida por horas a fio Trago à alma uma encantação e sonhar
Senti-lo assim forte é um desafio
que somente conhece quem muito ama.

Nosso amor vem de longa aurora.
É um querer épico com tons e nuances.
Construção forte e jamais irá embora
Faz de nós, personagens de romance.

Márcia Aparecida Mаnсеbо (06/05/10).

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Em ti, estou!

Em ti, estou!

Tento me descobrir
Para ver se me encontro
Quando fujo de mim
E voo para teus braços.

E nesse espaço me perco
Esqueço de quem eu sou
Sinto - me refém do querer
Não sei a quem me pertenço.

Qual borboleta a voar
Sobre as folhas do outono
Quando estou em ti
Tento me descobrir.

E nessa procura vã
Em procurar quem eu sou
Acordo do sonho, atordoada
E sinto que em ti, estou!

Márcia Aparecida Mancebo

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Folha murcha

Folha murcha

Percebi em pleno outono que o vento
soprava diferente do que o esperado
e a manhã estava quente no momento;
não viria chuva pra molhar o prado.

Notei que seria um dia tristonho,
sem graça com folhas sem ter direção
Cheguei a pensar que dormia e era um sonho.
Jamais senti no outono essa sensação.

Pensei no que vivi por tantos outonos
nunca o vento desviou o rumo assim…
Agora envelhecida senti o abandono
quando vi as folhas murchas no jardim.

O dia passou e a tarde chegou triste
Anoiteceu sem estrelas e luar
Comparei o viver co' o outono que insiste
que eu seja qual folha murcha sem voar!

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP