Sentinela do Silêncio

Sentinela do Silêncio 

Quando a brisa adentra pela janela  
da sala, o teu perfume exala pelo ar
E a saudade, fica de sentinela,  
Pra ver se as lágrimas vão desandar.  

Pela casa, ecoa a tua saudade,  
Está, em cada cômodo, encravada;  
Teus gestos moldam a realidade,  
Ferindo como uma faca afiada.  

Eu sinto que a brisa beija a moldura,
Ali, onde o teu sorriso fez morada;  
Dum tempo, guardião, quando a ternura  
deixou tua presença ali selada.  

Tua saudade e o aroma do perfume
tingem, na brisa, a lembrança calada,  
Para que a alma, em silêncio, se acostume.
Que a tua falta está eternizada.

Márcia Aparecida Mancebo 

 

 

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