Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1709)

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Reflexos

Reflexos

Não foi como imaginei que seria
Uma poesia com final feliz
Escrita como a luz que irradia
Daquela maneira que sempre fiz.

Não havia pensado que meu sonho
Neste amanhecer, perdesse a beleza.
E a cada verso que a escrever, disponho
Viesse acompanhado de tristeza.

Perder o sonho é ficar sem ter ponte
Pra atravessar outro lado da estrada
Sem poder ver o sol lá no horizonte;
Sem ver o luar pela madrugada!

Sei que nem sempre a vida é tão bonita.
Nem todos os sonhos são realizados.
Mas, para não deixar minha alma aflita
Procuro sentido nos sonhos sonhados.

Márcia Aparecida Mancebo

 

" Quando a dor não cabe mais no peito, ela transborda pelos olhos"

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Dança das folhas

Dança da folha

Com a ventania, a folha balança
Solta-se do galho que está presa
Voa… Voa com fina elegância
Seguindo o vento com sua beleza.

Num bailado compassado com maestria
Na sua trajetória, deixa o vento indeciso
O vento impaciente se angustia
Quer a folha no chão e foi preciso!

Enquanto a folha a bailar persiste
Indo longe, o infinito explorar
Se encanta com o que vê e não desiste
Mesmo sabendo que o chão é seu lugar.

De súbito, para o traiçoeiro vento.
A folha perde a força e caí por terra.
Sobre a terra é acolhida pelo alento
De novos ventos que a esperança encerra.

Márcia Aparecida Mancebo

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Poesia adulta

 

 Poesia adulta

Que meus versos cheguem a ti todo bordado
Fazendo que a vida seja um jardim
Com ramos viçosos, nenhum desbotado
E sintas pelo ar o olor de jasmim.

Pois a vida com olor é requintada
E nela a poesia já nasce adulta
Dum raio luzente pela madrugada
Vem com as rimas sem estarem ocultas.

Nessa claridade que chegam os versos
O meu coração te oferece alegria
Qual é a poesia neste meu universo
Toda romanceada qual a luz do dia

Num Ímpeto veio para minha mente
A clara visão de onde nasceu o amor
Que traz ao poeta a inspiração vertente
Qual a luz brilhante cheia de fulgor!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tolo ciúmes

Tolo ciúmes

Ciúmes não significa me amar.
É não confiar em seus sentimentos.
Quem ama não pode desconfiar,
Sequer ter maldades no pensamento.

Se agir enciumado com meu jeito,
É melhor ir-se embora, assim não dá!
Ciúmes é uma falta de respeito,
É um acinte a minha pessoa, vá!

Se não entende que o amor é aliança,
Esse jeito que tens, todo enfático,
Enérgico, com tanta desconfiança
Com o tempo se tornará lunático!

Cansei de tolo ciúmes, não aguento!
Isso é uma doença sem remédio;
Preciso de uma pausa como unguento
Não quero sofrer, sequer ter o tédio.

Márcia Aparecida Mancebo

 

atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito

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Dona

 

Dona

 

Não há pedra em meu caminho, só há luz!

Sou a dona do meu sonho, toda noite,

Sigo o vento que ao meu mundo me conduz.

Mundo belo, encantado, sem açoite!

 

Só há flores pela estrada a seguir,

Sou a dona das sementes que plantei.

Cujos frutos são só meus, sem repartir,

São pedaços do amor que semeei!

 

Sou a dona desta terra em floração.

Nesta terra ponho as cores que desejo,

Pois quem rege o meu mundo é o coração,

E, ao sonhar pela noite, cores vejo!

 

E sem pedra e com luz é o meu trilhar,

Que tracei em um momento de alegria.

Sou a dona destes pés a caminhar,

Com os frutos deste amor, dia após dia!

 

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

 

 

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Foi assim...

Foi assim…

Sob escaldante sol, desfiz um laço.
Segui meu caminho após despedida.
Momento certo pra acertar meu passo,
Era o começo de uma nova vida.

Naquele momento, perdi o embaraço,
Um ciclo novo pra uma nova lida.
O meu passado risquei com um traço,
Tornando-me mulher forte e aguerrida.

Do meu sonho, pensei, jamais desfaço!
Fui além, ousei, fui muito atrevida.
Descobri a nobreza de um abraço.

Jamais tentei fugir do meu cansaço,
Desenhei uma tela colorida,
Ao encontrar em teu peito, meu regaço!

Márcia Aparecida Mancebo

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Grão de amor

Grãos de amor

As luzes refletem um novo dia
Sob o céu anil, vagueia a mente.
Com inspiração, nasce uma poesia,
O que, ao poeta, não é diferente.

No ar, o aroma das flores flui,
A suave fragrância embebeda a alma.
Toda lágrima, aos poucos, dilui,
Inflamando o ser com imensa calma.

Ah, primavera, enfeita a natureza.
Mostra-se magnânima ao poeta,
Para que ele regozije sua grandeza
E esvazie sua alma de amor, repleta!

Sob o azulado céu está a magia.
Grãos de amor espalham-se no papel,
Demonstrando nos olhos, alegria,
Com os pensamentos soltos ao léu!

Márcia Aparecida Mancebo

 

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Existo, sou poeta

 

 

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Existo, sou poeta!

 

Tenho uma luz que me guia.

Tralhas não levo comigo.

Amo ser livre, sem brida;

Sou exigente... lhe digo.

Às vezes falo sozinha,

Prefiro não ter vizinha;

Viver sozinha não ligo.

 

Sem vizinho e sem amigos,

Sou qual lua que no céu

A noite namora o mar.

Também não faço escarcéu

Se o vento é forte ou fraco,

Se meu riso é sempre opaco.

Gosto de viver ao léu!

 

Ao léu posso viajar,

Seguir diversos caminhos,

Escolher os novos rumos,

Onde durmo é um novo ninho.

Se vejo estrela cadente,

Sinto-a ser confidente,

Desenho-a num pergaminho.

 

A solidão ao poeta

O enche de inspiração,

Para tecer alguns versos,

Com o céu em comunhão.

Mesmo que bobo pareça,

Faz que da dor ele esqueça,

Pra ouvir seu coração.

 

Márcia Aparecida Mancebo

21/11/24

 

 

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Tarde demais

Tarde Demais

Foi quando a tarde lânguida caía
Que subitamente chegaste a mim.
Que pena! Tão tarde esta fantasia,
A tristeza me abate, oh, meu Arlequim!

Tanto esperei por este belo dia,
Infelizmente agora é muito tarde.
Cozinhei o meu sonho em banho-maria,
Com minha alma dorida de saudade.

Não te esperava mais com ansiedade,
Já estava acostumada assim, sozinha.
Amar, esqueci, perdi a vontade,
Entendi que alguma razão, tu tinhas.

Ao findar esta linda tarde,
Te vejo chegar tão belo, alinhado.
Ao te encarar pensei: não é verdade.
É tarde demais... perdi o sonho dourado!

Márcia Aparecida Mancebo

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O lume da estrela

O lume da estrela

Resolvi partir para não mais voltar
Ao olhar na noite, da estrela, seu lume.
Me ative a seguir sem ao menos pensar
Preciso aprender viver sem costumes.

Demorou, mas chegou a decisiva hora
Cansei de viver sem acalentar sonhos
Mudei muito eu sei, sou outra agora
Voltou para a face os olhos risonhos.

Seguirei a vida irei sempre adiante
Olhando à estrela esquecerei, passado
Pois, viver é assim, um mudar constante
Hei de seguir o que me foi outorgado.

Não me deixo levar pelo coração
Não mais voltará a colorida idade
Nem sequer, será sempre a mesma estação
Os tempos são outros, aceitei a verdade.
O lume da estrela acendeu a razão.

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Dias melhores

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Dias melhores 

Ao ver o dia assim nublado, sem cores
E, na televisão, notícias tristes
 Neste mundo repleto de caos, dores.
Pessoas dizendo que Deus inexiste.

Sinto em minha alma uma angústia profunda
 Percebo que a esperança já morreu.
Uma revolta me abate, me inunda
Ao sentir-me rodeada por ateus.

Sou tão diferente do que ouço, do que vejo.
Tenho uma fé que tudo irá mudar.
Sei que a beleza da paz que desejo
 Virá e, certamente, para ficar.

Corações duros serão transformados,
Os olhos verão a vida em esplendor,
Numa tela, estações, como um bordado 
E os dias melhores cheios de amor!

Márcia Aparecida Mancebo

 

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Quando...

Quando....
 
Quando a brisa alvissareira chega a mim
Sussurrando, que algo bom acontecerá. 
Abrolha esperança, qual flor no jardim 
E, me encanto com a notícia... Choverá!
 
Passam as horas, ouço pingos no telhado;
A esperada chuva chega lentamente:
molhando as flores e o chão tão ressecado.  
Contemplando, vejo isto tão presente.
 
Em viagem minha mente vai distante;
onde os pássaros cantavam em alvoroço  
sob a chuva que caía cintilante,
sobre as folhas do jasmim ainda moço.
 
Fecho os olhos pra sentir o perfume 
do jasmim e todas flores dos canteiros.  
Esta tela na memória é qual lume;
Que ilumina o meu viver por inteiro.
 
Márcia Aparecida Mancebo 
 
  Desafio das palavras em negrito

 

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Esta saudade

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Esta saudade

Esta saudade traz-me calmaria,
Envolvendo a minha alma de ternura,
Trazendo à minha face uma alegria,
Que sinto tão pura, com candura!

Esta saudade é a minha alforria,
E desfaz toda a dor e desventura.
É um bálsamo que sinto nos meus dias
E traz recordações... É uma loucura!

Ah, como é bom senti-la toda noite,
A embalar o meu sonho sem açoite.
É um sentimento doce, é minha sorte!

É uma pérola encontrada em meu mar,
É tão real como a brisa ao passar.
Quero senti-la sempre, até a morte!

Márcia Aparecida Mancebo

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Legado imortal!

Legado Imortal!

De Zumbi a Mandala veio a inspiração,
A um povo que conquistou a vitória,
Lutando por igualdade com a razão.
Um legado imortal de uma bela história.

Em cada tom de pele, é beleza, é valor,
Frutos de vidas relatando o passado,
Reflete na alma de um povo trabalhador.
Real no presente, amanhã um legado.

Consciência negra, resistência da dor
Sim, uma chama que não irá apagar,
Resultando liberdade em esplendor.

Nos olhos da criança, um porvir sonhador,
Um brado que ecoou a transformar...
Consciência negra seja um grito de amor!

Márcia Aparecida Mancebo
20/11/24

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Motivo

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Motivo

Estrela que no céu não mais cintila
Só ofusca, esquecida na imensidão.
Procuro-a, não a vejo, pois não brilha
Deixando uma tristeza, ah! Coração.

Ainda lembro o céu iluminado.
O brilho do luar era um esplendor.
Meu sonho hoje é qual estrela, apagado.
Minha alma esgarça de tamanha dor.

É triste não ver a estrela no céu.
Qualquer ponto com luz para meu agrado.
Sem luz, o viver cobre-se com véu
Ah, sinto o coração acelerado!

Quem sabe um dia brilhe uma estrela ao léu
Eu com o corpo alquebrado ao andar
Veja no chão o seu brilho do céu
E encontre um motivo para sonhar.

Márcia Aparecida Mancebo

 

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Alma e coração

Alma e Coração

Minha alma e coração em aliança
Caminham de mãos dadas pela estrada,
Um consolo mútuo com esperança,
Por isso, jamais me sinto isolada.

Assim digo sempre em minha viagem:
Olhai à vida com os olhos d’alma,
Fixai bem o olhar para a paisagem:
Pra nos momentos estressantes, ter calma.

Com a alma feliz, sem o coração triste,
Pelo tempo que caminham alados,
Conhecem o trilhar, sabem onde existe
Um lugar no horizonte todo dourado.

Lá renovam os atos de confiança,
Juram outra vez como fizeram um dia,
Pedindo que não morra a esperança,
Pra conseguir seguir com paz e harmonia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Cenários da ilusão

Cenários da ilusão

A noite é tranquila e a imaginação
voa co'ansiedade, para o passado
a busca de qualquer recordação,
pra que eu não me sinta um ser alquebrado.

Para reviver a mocidade viva
cheia de graça, assim como fora um dia.
O telefone ao lado, ecoa, me aviva;
E ao ouvir a tua voz sinto alegria.

O desespero se esvai qual brisa ao ar.
O coração pulsa forte de emoção:
trazendo velhos tempos, pra recordar
pintando os cenários, da ilusão.

A conversa termina e eu fico a sonhar
qual aquela menina, na tenra idade.
A ilusão e o sonho andam em par…
… Mergulho no sono da imensa saudade!

Márcia Aparecida Mancebo

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Naquele entardecer

Naquele entardecer

 

Naquele entardecer o amor nascia

E meu coração tão forte pulsava;

Minha alma na ternura descansava

Numa paz infinita de alegria.

 

Senti naquele instante de estesia

A beleza do amor que me encantava,

E, a um mundo diferente, me levava,

Me transformando com sua alquimia.

 

Enquanto o sol tão lento se escondia,

Aquele sentimento se expandia

Em minha alma tão cheia de esperança.

 

Ah! Amor... tens motivo pra mudança,

Transformaste o meu ser, ora criança,

Em mulher tão feliz com confiança!

 

Márcia Aparecida Mancebo

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Amor

Amor

Com confiança, tornei-me mulher
Naquele momento do entardecer.
Uma mudança que a vida requer
Quando o amor arrebata todo o ser.

Quanta motivação traz ao viver,
Quando o amor chega assim sem esperar
E, planta a sementinha do querer
Ali onde, ela possa germinar.

É gostoso sentir esta mudança
Que o amor fez em mim e na minha vida,
Pois encheu a minha alma de esperança
De como o amor irá tornar-me ávida.

Essa avidez, essa candura do amor,
Deste sentir que veio em mim morar,
Inflamando meu ser com tanto ardor,
Chegou tarde, mas veio pra ficar.

Márcia Aparecida Mancebo

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Hoje

Hoje

(Carpe diem)

Aproveite o dia, aprendendo mais.
Viva o instante como se o último fosse.
Sorria, é contagiante a alegria.
Trate bem as pessoas com gesto doce.

Agradeça o que tem, isso é uma dádiva!
A vida é bela com sabedoria.
Faça planos, seja uma pessoa ávida.
Cultive a bondade, o perdão e a empatia.

Seja humilde, cordial e delicada.
Na mente limpa não nasce erva daninha.
Em terra boa a semente é germinada,
Assim sendo, não andará sozinha.

Não gaste o tempo com coisas inúteis.
Não deixe a tarde morrer com tristeza.
Pense sempre no que faz bem, não no fútil.
Assista o pôr do sol curtindo a beleza.

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP