Aproveite o dia, aprendendo mais. Viva o instante como se o último fosse. Sorria, é contagiante a alegria. Trate bem as pessoas com gesto doce.
Agradeça o que tem, isso é uma dádiva! A vida é bela com sabedoria. Faça planos, seja uma pessoa ávida. Cultive a bondade, o perdão e a empatia.
Seja humilde, cordial e delicada. Na mente limpa não nasce erva daninha. Em terra boa a semente é germinada, Assim sendo, não andará sozinha.
Não gaste o tempo com coisas inúteis. Não deixe a tarde morrer com tristeza. Pense sempre no que faz bem, não no fútil. Assista o pôr do sol curtindo a beleza.
Perdoe-me se insisto em lhe dizer. Que é impossível seguirmos lado a lado. Meu sentimento por ti é passado; findou naquele instante que o sofrer invadiu a maneira de eu viver; tentando fazer-me prisioneira. Algemando a minha alma, por inteira. Perdoe-me se anseio liberdade. Seguir-te não é a minha vontade. Aspiro viver a minha maneira.
Segui a ilusão dos meus olhos risonhos, Levei como bagagem os meus sonhos Pra embarcar numa vida de aventura. Caminhando por ruas e avenidas; Vi primaveras belas, coloridas, Abracei a florada com ternura.
Vi o amanhecer sorrir-me pela estrada, Vi a lua redonda na madrugada toda faceira exibir-se ao mar… Muito aprendi trilhando este caminho. Co'as estrelas, não me senti sozinho; Segui contente este meu caminhar…
Então, pensava: fiz a escolha certa a cada dia, que a manhã, desperta. Nesta aventura ousei, fui mais além… A esperança tão forte me agarrei com a certeza que em nada eu errei e que a vida é boa, não faz desdém.
Mas neste tempo não vi tempestades; Tudo bonito e gestos de bondade, Então, senti que a sorte me sorria. A mocidade a tudo dava ensejo; Tudo fiz pra sanar o meu desejo, Até entender, que era falsa alegria.
Ao perceber que vida é coisa séria, senti o meu ser estar numa miséria, roguei misericórdia ao meu bom, Deus… A velhice chegou e enfraqueci; lágrimas rolaram emudeci e à vida de aventura eu disse adeus.
Agora, de joelhos peço a paz. Apenas a oração, me satisfaz. Quando a tarde se vai, vem a saudade: Dos sonhos sonhados na juventude. Os anos passaram, fiz o que pude até encontrar a felicidade.
Márcia Aparecida Mancebo 11/10/24
(Este poema tem um toque profundo e introspectivo, refletindo uma jornada de vida cheia de aprendizados e desafios.)
Na manhã nebulosa o barqueiro enfrenta: a enchente, que inundou a nascente do rio encobrindo árvores, que a margem sustenta. Ele cumpre o dever, sem temer o frio.
Guiando seu barco por águas barrentas, Seguindo a corrente sem perder o tino; Lutando co'o vento, resto da tormenta: Remando com força segue seu destino.
Barqueiro destemido, está acostumado. Conhece o rio de ponta a ponta e sabe também que é o seu legado. A chuva, o vento não o desaponta.
Não é um leigo no ofício, é experiente. Transporta pessoas sem temer a morte; que as águas provocam no tempo de enchente, Além de ter fé, acredita na sorte.
É sua rotina fazer o transporte, É um barqueiro valente e tem compaixão, Tem no pensamento: precisa ser forte, Antes que a chuva chegue e faça arrastão.
Sentimentos me abraçam nesta noite, Guardados estão, no meu coração. Recordá-los, maltrata, é um açoite; Pois são sentimentos de uma paixão.
Por mais que tente esquecer, não consigo. Lágrimas estão rolando na face; Na mente um belo filme, está comigo, Esta lembrança faz com que eu me abrace.
Abraçada ao passado a recordar. Foi real cada momento vivido. Como foi bom ao teu lado trilhar! Este tempo não será esquecido.
Hoje a saudade instalou-se em minh' alma; Acusando-me não te acompanhar. E interrogações tiram minha calma. Ah, que vontade de te ver voltar!
Depois daquele adeus, nós nem notamos: Com nossas almas juntas, caminhamos Por esta estrada bela e colorida Ainda temos laços, que nos une E ao nosso viver exalam perfume; Que Iremos inalar por toda a vida.
São frutos de um amor que já morreu. Foi árvore frutífera enquanto deu. Não aguentou aos fortes vendáveis, Escorregou, caiu sem resistir. Tão fraco era, que teve, que partir Ao sentir que não éramos iguais.
Fui forte, cuidei de todos os frutos. Dizes, que não mereço os atributos. Hoje me orgulho da minha coragem. Envelheci sozinha e sigo avante E o passado ficou longe… distante. A mente esqueceu da tua imagem.
Hoje ao pensar naquele adeus, sinto Que nossas almas cansaram, pressinto Se separaram no vasto caminho. Tu não encontraste mais abrigo E os frutos que cuidei são teus amigos; São bons que te ofereceram um ninho!
Como esquecer aquela primavera, Com brisa amena e flores abrolhando. Beleza natural, não é quimera É tão real, a quem vive sonhando.
No ar pairava o olor, naquele dia E, hoje, ao lembrar, revejo o teu semblante Tão feliz ao dizer que me amaria; Mesmo que eu fosse pra longe… distante.
Veio o adeus, ah, momento tão sofrido! Sentindo a alma esgarçar de tanta dor Me despedi, levando meu gemido E o coração sangrando, ah, tanto amor!
Mesmo seguindo rumos diferentes, Quando é primavera sinto uma brisa: Roçando minha face ternamente E uma lágrima, dos olhos, desliza!