Mote
"Silêncio total, só ruas desertas
Não brilham estrelas na negridão."
Nostalgia
Inverno na noite tira a alegria
Aborrece e deixa tudo nublado
traz a lembrança do meu bem-amado
A saudade aparece oh! Nostalgia.
Espero ansiosa raiar o dia
Suspiro fundo vejo a
imensidão
Olho para o céu, sinto o coração
Confunde a mente, não sei se estou certa.
Silêncio total, só ruas desertas
Não brilham estrelas na negridão…
Márcia A Mancebo
( 23/08/19)
Volta coração!
Volta coração, não foge não.
Se disfarçar e pelo infinito voar
não poderei te segurar, é errada decisão.
Ouça o que digo, é perigoso se aventurar.
Fugir nesse momento, não é solução.
Volta coração! Não me deixe sozinha
Teu lugar está vazio e nas noites
a solidão traz lembranças das tardinhas.
Causa tristeza, machuca, é um açoite!
Coração não voe ligeiro.
Tento te alcançar, és veloz.
O fôlego está curto companheiro.
Volta, enfrentar o mundo sozinho, é feroz.
Vem, tira o disfarce, não voe mais.
Não faz isso comigo, é malvadeza
é ingratidão, é sofrimento demais!
Irá penar, o mundo, é cheio de incerteza.
Coração, ouve o que te peço,
Não me faça decepcionar
Volta, te perder, não mereço.
Estou esmorecida de tanto chorar.
É muito cruel minha sina
impedir que vá pela imensidão
E eu pela noite correr, feito, menina
Ah! Não me maltrate coração!
Márcia A Mancebo
03/08/19
Só versos tenho a te dar, é tão pouco!
Perdi com o viver os sentimentos.
O amor foi embora lento com o vento
E meu coração esvaziou… ficou oco.
Aquele sentir lindo se fez louco:
quando me vi perder todos momentos.
Meu mundo desabar em vil lamentos,
Meu ser definhar sem voz... ficar rouco.
Hoje flutuo leve; já não salto.
Perdi o grito que fora forte e tão alto.
Estou ancorada na multidão e só.
Me acompanha o silêncio e o cinza pó;
Restos dos dias de felicidade;
absorta a tecer, a dor da saudade.
Márcia A Mancebo
Mote:
Como posso querido, te esquecer
se nosso enlevo foi amor de verdade?
Impossível!
Sentimento, como foi nosso amor
vale a pena ser sempre recordado.
Quanta ternura deste-me meu amado
A seu lado, fui brisa leve e flor…
Com doçura senti vivo o esplendor,
Fez — me sentir tanta felicidade
Rememorar, cresce bela saudade,
uma estesia enche — me de prazer
Como posso querido, te esquecer
se nosso enlevo foi amor de verdade?
Márcia A Mancebo
24/10/18
Quando a noite chega e o sono não vem.
Brigo com o pensar sem conseguir
ter sossego, pois, vem à mente alguém.
Que amei e, maltrata demais meu sentir.
Fico a pensar, por onde ele andará,
Se é feliz ou se vive sozinho?
Em minhas orações ele sempre está;
Para que não se perca pelo caminho.
Sinto que sou culpada pelo que fiz.
Quando foi preciso não perdoei,
Hoje penso, que gesto tão infeliz!
Deveria ouvir quem realmente amei:
E até hoje o guardo no coração.
Foi maldade minha, isso tem um preço!
Cada dia estou aos poucos definhando.
Estamos distantes, purgar, mereço!
Morrerei sozinha, sempre te amando.
Márcia A Mancebo
(20/08/19)
Quando vasculho restos do passado
Te encontro vivo na minha lembrança
Em especial o tenho guardado:
Somente assim, acalento esperança.
Tua imagem é a mesma, aternurada
Teu olhar irradia felicidade.
Eu também sou a mesma, sou apaixonada.
E não escondo minha fiel verdade.
Se viver de passado, estou pecando.
Pagarei o preço que o viver requer.
Pois, tua imagem me persegue quando:
Carente anseio, ser tua mulher.
Estou ciente, nunca te esqueci
Marcastes tanto, ah! Tristonho viver!
Que às vezes penso, estar aqui
Se sem tua presença é padecer.
Se por acaso o destino nos unir.
Seguiremos um caminho bonito
Aprendi com os anos resumir,
Os meus dias curtos, em infinito!
Márcia A Mancebo
(18/08/19)
Tantos anos juntos caminhamos.
Eu acreditando em suas juras,
um enlevo vivenciamos.
Sua placidez, fala mansa,
um abraço que senti ser laço.
Poder, que poucos alcançam.
O afago que tive em seus braços
Suavidade de suas mãos...
Tudo que vivemos,
o meu regaço seu afago.
O silêncio hoje, causa- me comoção...
Acreditar em você foi ingenuidade.
Morrer por essa falsidade, já não morro mais...
O que restou é um coração
ruído por tamanha ingratidão!
Marcia A Mancebo (24/02/19)
Grão de saudade
Essa dor que esgarça toda minha alma
como se fosse uma faca afiada.
Tortura-me, faz com que perca calma
e sinta que meu viver caminha ao nada.
Prensa, sufoca trazendo lembranças
Me isolo em silêncio até o entardecer
na espera que venha a esperança
com a noite, e, leve esse padecer.
Mas é só uma ilusão que acalento
pra não morrer aos poucos cada dia,
pra não deixar vazio o pensamento
e ver se me entrego à fantasia.
Cada minuto é um grão de saudade
que semeio na terra do viver.
Sou como o sol, escondo a verdade
na fria manhã ao amanhecer.
Márcia A Mancebo
02/08/19
Inspiração
O sol despontou clareando o mar
Meu coração se agitou de alegria
Foi - se embora pra sempre a nostalgia
Da noite insone passada a pensar.
A sensação tão triste vi sanar
E o desejo de amar voltou co' o dia
O sol com sua luz traz fantasia
Que ouço pássaros ao longe cantar...
Aos poucos vou escrevendo meu sentir
De uma maneira linda sem mentir
Que voltou a inspiração para poesia.
Vou ao infinito buscar a melodia
Que outrora compus ao meu amor ausente
Num momento feliz de idílio ardente!
Márcia A Mancebo