Posts de Samuel De Leonardo (81)

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NADA SEI

NADA SEI

 

Não sei quem fui, não sei.

O que fui, antes, não sei quem,

Simplesmente ninguém.

Quando aqui cheguei,

A vida já estava pronta,

Muito antes de eu existir.

Aprendi sem um roteiro,

Era cedo para me dar conta.

 

 

Não sei quem sou, não sei.

O que sou, agora, não sei quem,

Simplesmente alguém.

Neste instante, presente,

A vida parece estar pronta.

Não basta só existir.

Aprendendo sem um roteiro,

É o momento de conferir a conta.

 

 

Não sei o que serei, não sei.

O que serei, depois, não sei quem,

Simplesmente alguém, ou ninguém.

Onde no futuro estarei,

A vida já está pronta.

Deixarei de existir.

Nunca terá um roteiro,

Será tarde, pagarei a conta.

 

 

SAMUEL DE LEONARDO - TUTE

 

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RUÍDOS

R U Í D O S

 

Que sons emite um livro?                                                                                                                         

Se fechado, mudo permanece,                                                                                                         

mas basta uma chamada na capa e,                                                                                                              

sem cerimônia, a cumplicidade se estabelece.

 

Que sons emite um livro?                                                                                                                        

Se fechado, mudo permanece, mas quando convida,                                                                                                                         

tal qual a amada, num afago logo se oferece.

 

Que sons emite um livro?                                                                                                                           

 Se fechado, mudo permanece, uma vez despida a capa,                                          

 escancara em  prosa e em verso que  muito nos enternece.

 

Que sons emite um livro?                                                                                                                         

Se fechado, mudo permanece, uma vez aberto,                                                                            

desperta ruídos, fruto da magia das palavras nele impressas.

 

 

SAMUEL DE LEONARDO - TUTE

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VOCÊ PRECISA SABER

 

Você nem pode imaginar quem bate em minha porta logo de manhã.

Você nem pode imaginar quem bate palmas ao entardecer.

Você não queira adivinhar quem dá um toque em minha janela logo ao anoitecer.

Você pode estranhar, mas até de madrugada um ruído insiste em me chamar.

Você tem que saber, é um barulho persistente, que invade a alma da gente.

Preciso confessar, todo esse barulho é a saudade que eu sinto de você.

 

Samuel De Leonardo (Tute)

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SEGREDOS

 

Segredos, quem não os tem?

São muitos para conta-los nos dedos

Se não chegam a mil, passam dos cem

Melhor não revelar, causam medos.

 

Segredos são leves como algodão

Tão pesados como chumbo

É água que inunda o chão

É fogo que incendeia um mundo.

 

Segredos são estrelas no céu

Pecados perdidos no inferno

Sentenças impostas ao réu

Esconda-os bem, no limbo eterno.

 

Segredo é para um, não para dois

Não confie em um sócio

Cautela para não sofrer depois

O silêncio é a alma do negócio.

 

Vou contar um só segredo

Um conselho para o seu bem

Sigilo é tudo, não explique o enredo

Tem história que não se revela a ninguém.

 

 

Samuel De Leonardo (Tute)

 

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ENTRELINHAS

 

No primeiro parágrafo do nosso relacionamento,

quando nem título ainda havia,

com cada uma das letrinhas escrevíamos sentimento,

muita paixão e alegria.

 

Era como um poema escrito no caderno de brochura.

Caligrafia bem delineada, texto impecável, sem rasura.

 

O amor traçado em caixa alta,

O sentimento grafado em negrito

A alma em êxtase, em alfa

Só felicidade, nenhum conflito.

 

Tudo começava a fazer sentido, não deixávamos uma só linha vazia.

Entre vírgulas, suspiros e beijos havia intensa cumplicidade.

Momentos de carícias e de desejos,

Uma vida toda de felicidade.

 

Era tão simples e sublime o amar,

As palavras de cada letrinha nasciam.

Mais fácil ainda era o rimar,

Na pele desejos ardentes fluíam.

 

De repente, um parágrafo, a confiança traída.

A caligrafia já não era do mesmo punho.

Explicações e os dois pontos acentuam a despedida.

Um amontado de letras, um reles rascunho.

 

Pena, tudo terminou como uma história num texto fatal.

O que restou do início de um parágrafo, entre uma vírgula e

outra é apenas um ponto final.

 

A página do caderno arrancada com mágoa e rancor.

A folha de papel amassada

selou o findar de um grande amor.

 

 

Samuel De Leonardo (Tute)
 
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SEM RUMO, SEM RIMA

 

Ontem nos jornais eu vi, na TV assisti,

Hoje, entre sites que eu abri, entre notícias que eu li,

Tristezas senti.

São tantas as manchetes aterradoras,

Um buraco gigante se fez, num abismo infinito,

Vozes emudecidas, gritos sem eco, injustiças, sem fim,

Leis nem côncavas e nem convexas,

Do lado de lá e também por aqui.

De norte a sul, de leste a oeste.

 

É a peste, é a peste, é a peste!

 

Líderes incautos, egoístas, insensatos,

Insanos, desvairados, negacionistas,

Oportunistas, ditadores, fascistas

Tacanhos, vermes, cafajestes.

 

É a peste, é a peste, é a peste!

 

Um vazio na alma, um nó na garganta, boca seca

Um sabor de fel, uma falta de não sei o quê.

Com tantas notas de atrocidades,

Humanos subjugando humanos,

Sem piedade, sem o temor celeste.

 

É a peste, é a peste, é a peste!

 

Fome, sede, frio, dor, terror

Destruição da flora e da fauna,

Queimadas, devastações,

Ignorância, ambição, violência, ódio, nenhuma flor,

Só ramos secos de um cipreste.

 

É a peste, é a peste, é a peste!

 

Uma canção sem emoção,

Uma emoção sem compaixão

Ódio sem razão, realidade sombria,

Dia sem brilho, noite fria, sem veste.

 

É a peste, é a peste, é a peste!

 

É como uma história com um macabro enredo

um romance sem personagem, sem herói, somente o medo.

O amor está morrendo e o mundo à deriva

Sem poesia, sem rumo, sem rimas,

Perdidos estamos, fato inconteste.

 

É a peste, é a peste, é a peste!

 

Samuel De Leonardo (Tute)
 
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A VISITA

 

 “Nascer é uma possibilidade. Viver é um risco. Envelhecer é um privilégio!”

        (Mario Quintana)

 

Ela chegou de mansinho, sorrateiramente, sem fazer alarde, com um tanto de timidez, devo confessar. Diferentemente dessas que espontaneamente se aproximam esfuziantes e nos envolvem tornando-se logo íntima. Não tenho na memória a data exata dessa aproximação, sei que estava às vésperas de me tornar um sexagenário, na inconsciente expectativa de que em algum momento o calendário frio da existência acusaria a lenta metamorfose pela qual é destinada a quem consegue galgar os degraus desta vida terrena. O tempo da nossa passagem nesse plano, assim como conhecemos, tem o seu preço, o envelhecimento do corpo, não que o envelhecimento seja um castigo, talvez um prêmio por algo inexplicável, ou a certeza da fragilidade do ser, desafiando a saúde e a vitalidade.                                                                                                                          

Assim, a tal visita, agindo como uma síndrome matreira, invisível a olho nu, evasiva a um Raio X e, mesmo entregue à sorte de uma Ressonância Magnética, foi se aproximando e ganhando espaço sem uma causa aparente que pudesse definir sua chegada, causando medo e incertezas.  Aos poucos, foi me envolvendo e ganhando terreno. Mexeu com o meu cognitivo.                               

 Agora, senhora de si, incomoda o meu físico, perturba o meu psicológico, por vezes deixa-me trôpego, trêmulo, limitando os meus movimentos, por mais simples que sejam. Provavelmente, quero crer, foi num momento no qual a minha vida passava por um processo de transição, com a chegada na terceira idade, a tão aguardada aposentadoria e a expectativa de uma nova fase para curtir a vida.                                                       

Embora ainda me sinta produtivo, quis as circunstâncias que as minhas atividades profissionais diminuíssem pouco a pouco. Pegou  de  jeito  o  meu  estado  emocional,   sem que eu tivesse chance de escapar, por mais que desejasse.
           

Fragilizado, não tive forças de reagir à invasão da qual estava me submetendo. Sequer sabia quem estava ocupando o espaço da minha intimidade. Hoje, refém dessa visita, percebo que ela, embora plenamente presente em minha vida, torna solitários alguns dos meus momentos. Limita as minhas atividades, usurpa a minha autonomia, já não sou dono dos meus passos, muito menos das minhas idas e vindas.  Os caminhos se tornaram árduos e as distâncias se ampliaram.                                                                       

Mesmo assim, difícil fazer entender aos que me cercam, tenho lá minhas limitações, quero que respeitem minhas lágrimas, não que questionem o meu silêncio, por mais que tento exaustivamente explicar que não escolhi esta companhia, tampouco aponto culpados. Bem sei o quanto é difícil expulsá-la, cabe a mim, somente a mim, seguir e caminhar com ela, mesmo que a passos lentos e claudicantes e viver um dia de cada vez, viver com intensidade e alegria, como se todos os dias fossem domingo, domingo no Parkinson de diversões.                                                                              

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FLORDINARIA

 

Chegou, sorrateira
Bem de mansinho, sem alarde
Uma semente na floreira
Ainda era cedo, não era tarde.


Suave como uma canção
Cândida, é bem verdade
Apenas uma flor em botão
Ainda era cedo, não era tarde.


O esboço de uma flor
Quase uma realidade
Um cântico de louvor
Ainda era cedo, não era tarde.


Desabrocha, exala perfume
Formosa, é toda vaidade
Insinuante, desperta ciúme
Ainda era cedo, não era tarde.


Viçosa, causa furor
Plena, na tenra idade
Por ela, sofrem de amor
Ainda era cedo, não era tarde.


Uma deusa abençoada
Pureza, em toda a intimidade
Finalmente emancipada
Já não era cedo, nem era tarde.


Por muitos cobiçada
Inocente, sem maldade
Muitas vezes desejada
Já não era cedo, nem era tarde.

Sem consentir, foi enganada
Ofertada sem piedade
Acusada, foi julgada
Já não era cedo, nem era tarde.

Pétalas despedaçadas
Vai-se a castidade
Pedras são atiradas
Já não era cedo, nem era tarde.

Folha seca ao vento
Perdeu a dignidade
Ganhou sofrimento
Já não era cedo, era bem tarde.

Dos polens recebidos, nada gerou
Partiu sem deixar saudade
Floresceu, viveu, murchou
Agora é tarde.

 

 

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A VISITA

 

“Nascer é uma possibilidade, viver é um risco, envelhecer é um privilégio” – Mário Quintana
            

Ela chegou de mansinho, sorrateiramente, sem fazer alarde, com um tanto de timidez, devo confessar. Diferentemente dessas que espontaneamente se aproximam esfuziantes e nos envolvem tornando-se logo íntima. Não tenho na memória a data exata dessa aproximação, sei que estava às vésperas de me tornar um sexagenário, na inconsciente expectativa de que em algum momento o calendário frio da existência acusaria a lenta metamorfose pela qual é destinada a quem consegue galgar os degraus desta vida terrena. O tempo da nossa passagem nesse plano, assim como conhecemos, tem o seu preço, o envelhecimento do corpo, não que o envelhecimento seja um castigo, talvez um prêmio por algo inexplicável, ou a certeza da fragilidade do ser, desafiando a saúde e a vitalidade.                                                                                                                          

Assim, a tal visita, agindo como uma síndrome matreira, invisível a olho nu, evasiva a um Raio X e, mesmo entregue à sorte de uma Ressonância Magnética, foi se aproximando e ganhando espaço sem uma causa aparente que pudesse definir sua chegada, causando medo e incertezas.  Aos poucos, foi me envolvendo e ganhando terreno. Mexeu com o meu cognitivo.                                                                                      

  Agora, senhora de si, incomoda o meu físico, perturba o meu psicológico, por vezes deixa-me trôpego, trêmulo, limitando os meus movimentos, por mais simples que sejam. Provavelmente, quero crer, foi num momento no qual a minha vida passava por um processo de transição, com a chegada na terceira idade, a tão aguardada aposentadoria e a expectativa de uma nova fase para curtir a vida.                                                           

Embora ainda me sinta produtivo, quis as circunstâncias que as minhas atividades profissionais diminuíssem pouco a pouco. Pegou  de  jeito  o  meu  estado  emocional,   sem que eu tivesse chance de escapar, por mais que desejasse.
           

Fragilizado, não tive forças de reagir à invasão da qual estava me submetendo. Sequer sabia quem estava ocupando o espaço da minha intimidade. Hoje, refém dessa visita, percebo que ela, embora plenamente presente em minha vida, torna solitários alguns dos meus momentos. Limita as minhas atividades, usurpa a minha autonomia, já não sou dono dos meus passos, muito menos das minhas idas e vindas.  Os caminhos se tornaram árduos e as distâncias se ampliaram.                                                                     

 Mesmo assim, difícil fazer entender aos que me cercam, tenho lá minhas limitações, quero que respeitem minhas lágrimas e não que questionem o meu silêncio, por mais que tento exaustivamente explicar que não escolhi esta companhia, tampouco aponto culpados. Bem sei o quanto é difícil expulsá-la, cabe a mim, somente a mim, seguir e caminhar com ela, mesmo que a passos lentos e claudicantes e viver um dia de cada vez. viver com intensidade e alegria, como se todos os dias fossem domingo, domingo no Parkinson de diversões.                                                                              

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Berço De Marcela

TaiguaraÁlbum: Berço de MarcelaUm dia Marcela se achou e se deuSeu corpo sem vida, me amou e foi meuDas dores vencidas nasceu a mulherQue sabe porque, que se abre e se vêE hoje me faz viverE hoje me faz saberQue os homens, por pressa, por medo de amarPassaram por ela sem nada encontrarLevaram consigo o engano de quem não viuNem sabe do que fugiuDa estrada, da estrelaFicaram comigo seus medos se dando aos meusNo berço onde renasceu Marcela.
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Universo no teu corpo

Universo no teu corpo

Taiguara

Eu desisto
Não existe essa manhã que eu perseguia
Um lugar que me dê trégua ou me sorria
E uma gente que não viva só pra si

Só encontro
Gente amarga mergulhada no passado
Procurando repartir seu mundo errado
Nessa vida sem amor que eu aprendi

Por uns velhos vãos motivos
Somos cegos e cativos
No deserto do universo sem amor

E é por isso que eu preciso
De você como eu preciso
Não me deixe um só minuto sem amor

Vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se unem em versos à canção

Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo

São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos

Vem, vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se unem em versos a canção

Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos.

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TEU SONHO NÃO ACABOU

Hoje a minha pele já não tem cor

Vivo a minha vida seja onde for

Hoje entrei na dança e não vou sair

Vem que eu sou criança não sei fingir

 

Eu preciso, eu preciso de você

Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você

 

Lá onde eu estive o sonho acabou

Cá onde eu te reencontro só começou

Lá colhi uma estrela pra te trazer

Bebe o brilho dela até entender

 

Que eu preciso...

 

Só feche o seu livro quem já aprendeu

Só peça outro amor quem já deu o seu

Quem não soube a sombra, não sabe a luz

Vem não perde o amor de quem te conduz

 

Eu preciso...

 

Nós precisamos, precisamos sim

Você de mim, eu de você.

Letra da Musica do Patrono Taiguara

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TANTAS COISAS

 

No calor da emoção

No calar do teu olhar

Sou todo inspiração

Só quero te amar

 

No calor do teu olhar

No calar da emoção

Quero contigo caminhar

Só quero o teu coração

 

No afagar da tua mão

No afogar da minha dor

Penso na nossa canção

Sorvo-a como fosse licor

 

No afagar da minha dor

No afogar da tua mão

Cada gesto tem uma cor

Cada cor uma inspiração

 

Na malícia da tua inocência

Na milícia da tua proteção

Eu finjo então indolência

Para não cair na tentação

 

Na malícia da tua proteção

Na milícia da tua inocência

Fujo de ti, logo busco redenção

Volto rogando clemência.

Samuel De Leonardo

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RESPOSTAS PRA QUE? (o canto do caboclo)

O que mais querer da vida

se tenho a rapadura, o cural

e um mundão que é o meu quintal

 

O que mais querer da vida

se tenho o conforto da rede

e água da bica pra matar a sede?

 

O que mais querer da vida

se tenho a roça, os pássaros a cantar

e um pé descalço pra coçar?

 

O que mais querer da vida

se tenho o tutu, a couve

e um cachorro que me ouve?

 

O que mais querer da vida

se tenho o leite, a vaquinha mimosa

e uma preguiça tão gostosa?

 

O que mais querer da vida

se tenho  o torresmo, a cachaça

e a  felicidade de graça?

 

O que mais querer da vida,

se tenho o pão de queijo, a goiabada

e o carinho da mulher amada?

 

O que mais querer da vida

se tenho o gemido da viola, a  caneca de café

e a satisfação de ter o bicho de pé?

Samuel De Leonardo

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O TEMPO

O Tempo não tem prazo, não tem idade,

O Tempo é a duração de uma temporada.

Não tem princípio, não tem meio, não tem fim.

É o ontem, o hoje, o agora,

É o crepúsculo, é a alvorada.

O Tempo embala o futuro de uma criança,

Encanta o presente juvenil,

Aflige o ancião em sua esperança.

O Tempo restaura sentimentos

Emenda fragmentos, cura ferimentos.

O Tempo tem o tempero que apura o sabor de viver,

Ensina, acalma, conforta, acalenta, encanta.

O Tempo confunde, se funde com realidade e quimera.

O Tempo dilacera nosso tênue existir, transforma nossa essência em pó,

Metamorfose que faz de um ser uma simples substância sólida pulverizada.

O Tempo é implacável em seu juízo, aniquila, não espera.  

Não ameniza, delibera.

Chega logo e logo vai embora.

Samuel De Leonardo

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Responda se for capaz:

Sei lá,

Se o ontem é o hoje que se foi;

se o hoje é o amanhã que surgiu;

se o amanhã é o hoje e também o ontem que se fundem na linha do tempo, pergunto:

o tempo é  o todo que se passou ou o  nada que ainda não chegou ?

Samuel De Leonardo

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CPP