A barquinha da vida
Vá barquinha, vá. Desça esse rio sinuoso...
Sem temor, deixa que te leve a correnteza;
Contempla, lá em cima, esse céu nebuloso
E o sol, a noite, a chuva, toda a natureza...
Fuja de águas calmas, evita as marginais;
Mas cuidado - fica atenta aos redemoinhos:
Se ocultam, invisíveis, com ardis, fatais.
Desvia-te, confiante, e busca outros caminhos.
E longe, em meio à mata, à noite, à escuridão,
Sem estrelas que te guiem, sem o luar,
Sentindo medo, ante tamanha vastidão,
Não entendendo onde esse rio vai desaguar:
Confia em Deus, que te ampara na solidão
O Altíssimo não te deixará naufragar!
pedro avellar – 14.01.2022
Comentários
Muito grato, Angélica!