PUBLICADO no CPP
A Biblioteca
Naquela biblioteca modelo flat para rascunhar
Versos soltos para depois embalar
Em poesias de minha límpida alma
Às vezes somente de improviso
Sem quaisquer correções ou borrões
Cansaço de estar sentado na cadeira dura
Descansava de um cansaço espacial
De uma mesa embutida na parede
Onde se arma uma biblioteca aqui ?
A noite quando embebido do luar daquela lua
Que todas as noites me visitava com louvor
Eu me soltava na cama de solteiro para dormir
Sem antes tentar proveitosa leitura
Naquele conjugado ambiente parecia mais uma armadura
Sem qualquer lugar vazio para pensamentos insanos
Sem nada ter o que fazer senão ouvir o coração
Ciúmes da casa dos meus Pais
Imitava um castelo com cômodos propícios para qualquer função
Mas o tempo passou por lá e me trouxe para cá
Aqui neste lugar, nesta rua, nesta cidade, neste flat.
Aqui ouço as canções aprisionadas pelas paredes curtas
As memórias não perduram muito prazer
Choro sem lágrimas e me vem os subterfúgios
Uns deliveries de falsos alimentos
Uma taça de vinho a gosto e bom ainda bem
A inspiração que pouco falham
São os versos e a Poesia
Que borbulham e me tocam neste estranho espaço de área e de tempo
Saudades de um outrora não muito distante
As vezes trago para cá uma breve paixão
Pela biblioteca da casa de meus Pais ....
Fim
ADomingos
Jan 23
Comentários
Boas lembranças transformou-se em belo poema.
Gratidão amiga pelo comentário.
Abraços de Antonio Domingos