A CAUSA DA QUAL MORRI

Põe-me longe sepulto retirado dos amigos

Distante dos parentes

Em cova rasa de condomínio

Cercada de estranhos vizinhos

Onde se desconheça o bom-senso

E não reconheçam a causa da qual morri

 

Sempre vivi muito próximo ao apego

Religado à exacerbada bonança

Descomunal à pequenez do meu mundo

Não será justo que se perpetue

Quando o tempo e os dias

Não farão mais sentido

Atreva conviver a eternidade

A engana-los com a índole de boa gente

 

Pois se assim tivera sido os teria amado mais

A ponto de não ter partido sem tê-los deixado

Com as certezas de que não duvidaram jamais

 

Por isso que seja erma minha ultima morada

E nada e ninguém no extremo derredor

Conheça as insalubres trapalhadas de um ausente

Que nem mortos auferidos ou vivos mortais

A meu gosto e pedido nem se lembrem ou arrependam

Terem me posto ali sob a alcunha de indigente

 

PSRosseto - www.psrosseto.com.br

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Paulo Sérgio Rosseto

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Belíssimo!

    Calo- me diante de ti.

    Parabéns, Paulo!

  • Uau! Sem palavras! Parabéns Paulo!

    DESTACADO!!! 

This reply was deleted.
CPP