Põe-me longe sepulto retirado dos amigos
Distante dos parentes
Em cova rasa de condomínio
Cercada de estranhos vizinhos
Onde se desconheça o bom-senso
E não reconheçam a causa da qual morri
Sempre vivi muito próximo ao apego
Religado à exacerbada bonança
Descomunal à pequenez do meu mundo
Não será justo que se perpetue
Quando o tempo e os dias
Não farão mais sentido
Atreva conviver a eternidade
A engana-los com a índole de boa gente
Pois se assim tivera sido os teria amado mais
A ponto de não ter partido sem tê-los deixado
Com as certezas de que não duvidaram jamais
Por isso que seja erma minha ultima morada
E nada e ninguém no extremo derredor
Conheça as insalubres trapalhadas de um ausente
Que nem mortos auferidos ou vivos mortais
A meu gosto e pedido nem se lembrem ou arrependam
Terem me posto ali sob a alcunha de indigente
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Comentários
Belíssimo!
Calo- me diante de ti.
Parabéns, Paulo!
Uau! Sem palavras! Parabéns Paulo!
DESTACADO!!!