Recostado ao salgueiro era dia no vale do mago
Talvez um tanto só mais cansado do que queria
Perdido por entre solos o refrão se repetia
Senti que me olhavam lá do alto daquela direção
Pedi ao sol que a transformasse em chuva
E viesse até mim...
O vento trouxe então as nuvens
Uma a uma as gotas iam caindo
Molhando meus lábios e minha pele
Até que uma delas foi mais fundo
E chegou ao coração...
A chuva ganha forma de mulher
Mas o mesmo sol que a trouxe na tempestade
Leva-a de volta agora nuvem novamente
Da mulher fica o vestido vermelho
Que voa misturando-se às folhas
Fazendo mudar a cor da neblina
Em escarlate entardecer...
Olho num doce suspiro de saudade
Subo nas folhas que ainda voam e me elevo
Me deito sobre a nuvem que é você
Namoro então a canção e convido os instrumentos
Difunde-se no vale a notícia do encontro
E curtindo cada sentimento permanecem vivos
Elementos e magia na missão de espalhar alegria
Daquele momento quando o solo do vale encharca-se
Quando Homem e nuvem tornam-se eletricidade
Nasce um pequeno poema doce e travesso teu nome?
A dama da tempestade
Um abençoado fim de semana
Fiquem com Deus
Carlos Correa
Comentários
Meus aplausos! Parabéns Carlos!
Obrigado Angélica, Deus a abençoe.
Bom dia, poeta.
Belo texto. Parabens
1ab
Obrigado Nelson, fica com Deus.
Extremamente poético e muitas inflexões acerca , Do Viver, Da Vida
Excelência no texto
parabéns caro Carlos Correa
antonio
Te agraceço, Deus o abençoe.