A Dama da Tempestade

Recostado ao salgueiro era dia no vale do mago
Talvez um tanto só mais cansado do que queria
Perdido por entre solos o refrão se repetia
Senti que me olhavam lá do alto daquela direção
Pedi ao sol que a transformasse em chuva
E viesse até mim...

O vento trouxe então as nuvens
Uma a uma as gotas iam caindo
Molhando meus lábios e minha pele
Até que uma delas foi mais fundo
E chegou ao coração...

A chuva ganha forma de mulher

Mas o mesmo sol que a trouxe na tempestade
Leva-a de volta agora nuvem novamente
Da mulher fica o vestido vermelho
Que voa misturando-se às folhas
Fazendo mudar a cor da neblina
Em escarlate entardecer...

Olho num doce suspiro de saudade
Subo nas folhas que ainda voam e me elevo
Me deito sobre a nuvem que é você

Namoro então a canção e convido os instrumentos
Difunde-se no vale a notícia do encontro
E curtindo cada sentimento permanecem vivos
Elementos e magia na missão de espalhar alegria

Daquele momento quando o solo do vale encharca-se
Quando Homem e nuvem tornam-se eletricidade
Nasce um pequeno poema doce e travesso teu nome?
A dama da tempestade

Um abençoado fim de semana
Fiquem com Deus
Carlos Correa

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