A DANÇA DAS PALAVRAS
Enquanto persistir
a dança das palavras,
será minha pena
meu instrumento predileto.
Assim, continuarei tecendo versos
(rimados ou não)
com fios de eternidade.
A lua continuará, como sempre,
a musa primeva, a compor com as estrelas
a sinfonia lucente dos céus.
Aqui poeta, papel e pena
para reinventar a vida
com frases regadas
com eflúvios aromáticos da alma.
Vejo que seus olhos vertem letras,
e palavras desordenadas
escorrem rosto abaixo.
Tomo em minhas mãos
essa mensagem chorosa,
reúno as palavras do meu jeito,
e lhas devolvo.
Seus olhos vertem sorrisos.
E a isso chama-se consolo.
Não sufoque palavras em sua boca.
Não esconda letras soltas nos bolsos.
Palavras não foram feitas para exílio,
claustro, cofres ou afins.
Dê a elas o melhor de seu tom.
Musique-as com suas melhores notas.
Toque-as com as cordas de sua lira íntima.
Assim, dará à luz a poesia.
DADO CARVALHO
Sorocaba, 12 de março de 2013. – 00:19
Comentários
Muito obrigado, Angélica!
Muito gostoso de ler! Paarabéns pela inspiração. Abraços.
...
Maravilhoso poema!!
Parabéns,Dado!
Um abraço
Obrigado, amiga Márcia. Grato também pela minha indicação para a Casa dos Poetas e da Poesia. Adorei o blog.