A ESPERA...
As horas passam... A incerteza que angustia
é brasa no inquieto pensamento do bardo...
Cada segundo da ansiosa espera é dardo
de fogo que queima, que arde e asfixia...
O tempo vai, ela não vem.... Acaso o teria
enganado? Seria a demora retardo
apenas por gosto do íntimo resguardo?
Ah! Que peça nos prega a mente em fantasia!
Que desencanto, quanta dor, pungente, infinda...
Desiludido o trovador se desespera;
começa a pensar em ilusão que se finda...
Mas, como em sonhos, tudo muda num repente,
ela ressurge, e a mente acalma e reverbera
que tanto amor há de durar eternamente!
Nelson de Medeiros
Comentários
Belo escrito. Parabéns, Nelson. Grande abraço
Ave, delicada e bela menina poeta! Dormir com tuas palavras de incentivo é como dormir com o som de poesia cantando em meus sonhos. Forte abraço