A fuga
Era noite, escura e fria, e dolorosa;
Era vento, era chuva, e lama e barro.
Era uma floresta então assombrosa,
E os sulcos dos pneus de um carro.
E faróis trepidantes, num labirinto;
Era o ranger das molas na estrada,
Era o choro do pálido bebê faminto,
Eram as preces da mãe desesperada.
Amanheceu. A última barreira
Se viu transposta, em segurança,
Um novo porvir após a fronteira:
Muitos sonhos, e fé, e esperança!
pedro avellar
Comentários
Belíssima composição, Pedro.
Parabéns!
Fico agradecido pelo cumprimento, Marcia.
Num episódio como a guerra, a fuga é sempre aceitável e incentivada. Ótima composição. Parabéns