A inspiração

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A inspiração
 
Na poesia posso divagar,
corporizar a minha fantasia.
Meu tecer é regrado em demasia,
pois, minha verve, quero propagar.
 
O meu leitor desejo embriagar,
meus versos devem ter bela plasia.
A trova o consciente anestesia,
e na ficção ele pode navegar.
 
A gramática é o meu arcabouço,
para seguir tranquilo nesta estrada.
No afã em frenesi sussurros ouço,
 
do Hélicon, elas vêm em salvaguarda.
A cada novo plectro o dom aguço,
quero ser um poeta de vanguarda.
 
 
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