A peste veio me visitar
Minha mente em moléstia, margeia os gritos do meu silêncio
Sou pecado, eu sangro em diferentes tons, sabendo que, de sede vive meus tormentos.
A luz tem um lado tão escuro, a vela de sétimo dia queima, regressivo se torna os instantes.
Dou um gole na água empoeirada, e o tempo passa até para as portas que rangem sua idade.
Percebo em loucuras, o quão normal é queimar a febre, vomitar os sintomas de tempos ruins, e versejar o que só eu entendo.
A peste vem de madrugada, as baratas se alimentam na pia, algo me prende na cama, me sufoca em Lençóis e me apaga, como se eu já não soubesse de tudo.
Certas noites, cai em oceanos profundos, cada um com seu frio peculiar, futuros e desejos, mas meu vinho não salga quando afundo.
Levanto pra mijar, titubeando , e excitado
Ascendo um cigarro e agarro um lapiz, imitando inspirações de bukowski, mas escrevo na tela do celular.
Utilizo minha época, e meus demônios, para sentir que sangrando, tudo é real, tudo é leve e pesado ao mesmo tempo, lágrimas como chumbo, facadas como brisas da manhã, e por ai vai.
Comentários
A poesia que brota de tuas palavras corta e acaricia ao mesmo tempo. Lindíssimo!