Porque criastes nas artes a perfeição
E descansastes ao sétimo dia da criação
Achais que o mestre artista
Cujo acervo se ouse pleno e completo
Deve imprudentemente ceifado
E de uma plataforma outra acoberto
Contemplando a própria obra como fizestes
Dormir sob o sopro insigne da eternidade
Assim ainda na flor da idade
Levastes Vinicius, Cecília, Guimarães, Leminski
E tantos bons mestres
Que nos deixaram legados imprescindíveis
E importantes transcendentes a esta dimensão
Quanto a mim
Pseudo autor de torpes versos e pobre verve
Peço-vos perdão por ousada e displicentemente
Haver me propalado poeta
E que de mim vos esqueçais por esta vênia
Permitindo-me seguir adente nesta escola
Teimando de aprender por algum tempo mais
No precípuo ensaio de escrever poemas tão ruins
Que a minha morte por ora jamais vos valha a pena
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Comentários
Parabéns, Paulo!
Maravilhoso poema.
Abraço