Afogados

Eu prefiro que as luzes permaneçam apagadas
Eu consigo ver melhor o que se esconde por aí
Aumente o volume não quero ouvir mais nada
Um Old Fashioned Vodka pode ser um Martini

Acostumado com linhas doces e amanteigadas
Fingem revolta para disfarçar o tédio e covardia
Escrevem cartas choram com qualquer bofetada
Não fazem mais ideia se perderam são anomalias

Se escondem por detrás de um balcão perfumado
Vivem em negação não levantam a mão pra ajudar
Ficam de joelhos e esperam conquistar bons aliados
Para fazer o que deveriam ao invés de apenas rezar

Os que conseguem tolerar a luz veja pensam como eu
Pode ser sejam menos enfáticos e falem mais manso
Serão cobrados pelo que não fizeram esqueçam troféu
Acreditem eu sei me enganei ao achar que teria descanso

Quero ver se terá a firmeza de levar essas palavras à tona
No fundo do mar há um mundo que você esqueceu amigo
Lá embaixo há mais do que consegue ver de sua poltrona
Perdão se fui explosivo vou melhorar faz então um mojito

Deus abençoe os que desabafam
De certa forma estão com toda razão
Carlos Correa

https://www.youtube.com/watch?v=hTWKbfoikeg

 

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Comentários

  • Gestores

    DESTACADO, Carlos.

    Um texto primoroso. Com grandes ensinamentos. Reflexivo.

    • Como se eu aprendesse algo....obrigado minha amiga, a bronca me doeu....bj grande fica com Deus

  • Bom dia, poeta. Poesia que corta feito navalha e faz o leitor relfetir e se autonalisar. saudações

  • Bom dia Dom Manuel: —

    Seus textos com ou sem bofetadas e mesmo que, amanteigados, escamoteia, ou solta um vozeirão de um mar escondido (mesmo que seja num cantinho de seus versos).

    Parabéns.

    #JoãoCarreiraPoeta.

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