AGOURO

 

Não temo agouro, presságio

Venha ele de onde vier

Até de pássaro aziago

Como um temido caboré

 

Sou cético, incrédulo

Das coisas sobrenaturais

De fantasma de outro mundo

De alma penada, até

 

De uma imortalidade

Que não tem começo nem fim

Da eternidade

Que não acaba assim

 

Um mundo sem devaneios

Sem vontades, sem desejos

Sem maldade ou piedade

Sem amor, sem amizade

 

Um mundo cheio de medos

Ameaças a não mais poder

Uma covardia dos deuses

Para nos fazer sofrer

 

F J TÁVORA

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