Não precisamos esticar muito a visão
Para encontrarmos a nós mesmos
Reclamando de dar as mãos aos nossos pais
Correndo abraçados aos nossos sorrisos
Não haviam muitos sonhos em nossas gavetas
Porque sabíamos o segredo de viver o agora
E vivíamos cada sonho que surgia um atrás do outro
Porque não eram sonhos eram apenas o dia seguinte
Sim eu sei que não foi assim para todo mundo
Sim infelizmente não são todos que podem trazer
Lembranças emolduradas de uma infância colorida
E me sinto triste quando lembro disso quando vejo isso
Tanto dissemos que não faríamos que seria diferente
Talvez tenhamos sido tanto arrogantes quanto ingênuos
Criticando os pais por atitudes que julgávamos equivocadas
E hoje sem esticar a visão vejo que talvez eu faça pior
Mágoas e angústias hoje se tornaram compreensão
E aquelas minhas lágrimas e birras tornaram-se agradecimento
A história que escrevi vejo sendo reescrita com a letra de meus filhos
Com suas próprias inquietudes e desagrados já caminhando sem me dar as mãos
E eu suplico a Deus que fique gravado em seus corações
O infinito amor que preenche meu coração
Porque essas são as verdadeiras histórias de amor
Aquilo que ficará escrito muito além do próprio tempo
Amem suas famílias. Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Obrigado por vir, Deus abençoe seu caminho
"Porque essas são as verdadeiras histórias de amor
Aquilo que ficará escrito muito além do próprio tempo"
Belíssimo sentir!
Arremataste o poema com um final belo.
Parabéns, Carlos.
Um abraço
Obrigado minha amiga, Deus a abençoe.