Alma marcada

Alma marcada

Os pensamentos surgem qual fossem telas
Umas belas, outras singelas com cores.
Outras que põem medo, outras nuas com dores.
Nessas sem ter brilho escondendo a lua
aterrorizam o silêncio, a noite
e lembram momentos do choro, do açoite.

Nessas telas se reproduz o profundo;
Até às palavras que ouvi: as amáveis,
outras que feriram no íntimo, no fundo.
Essas que ferem são tão desagradáveis
e não são provindas de algum inimigo;
Ouvi daquele que dei amor e abrigo.

A mente traz à tona o que armazenado
registrou, marcou com cicatriz funda.
Co' o tempo essa dor vai virando passado
Tudo se resolve e o meu ser se inundao
de um silenciar que se torna constante
e todo o convívio esfriou bastante.

No rosto aparece nos olhos, as valas.
Valas, oriundas das horas choradas
A vida é o feitio de uma senzala,
Todo o ferimento pelas chibatadas
são parecidas, o chicote que resvala
dói do mesmo jeito e deixa a alma marcada.

Márcia Aparecida Mancebo

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Comentários

  • Uma poesia maravilhosa, como tudo que escreve, simplismente exepcional.

    Mil vezes parabéns!!!

    Bjos da Luly

  • Aplausos, para a explendorosa narrativa poética!

  • Oi Márcia:

    Um belo e profundos versos,
    nos tomam como verdadeiros
    por isso nossa alma é marcada
    por tantos caminhos a percorrer.
    Lindo demais, amiga.

    Abraços

    Bridon

  • Uma reflexão de vida.

    Parabéns por bela Poesia e publicação de mais um linda obra

    Antonio Domingos 

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