AMOR DE INVERNO
Foi numa tarde cinzenta, triste e fria,
que a mim chegaste graciosa, um dia,
e meu nome rabiscaste pelo chão...
E tão triste como a tarde me falavas
que assim fazendo ali depositavas
o tesouro de um triste coração...
Mas a chuva veio aos poucos desaguando
e o meu nome devagar foi apagando
sem que visses o meu pranto de emoção...
E seguimos rumo norte na jornada,
separados... Cada qual em sua cavalgada
de amargura, de tristeza e solidão...
Na despedida me disseste entristecida
que te sentias uma intrusa em minha vida
e que minh!alma era fria como a tarde!
Emocionado, simplesmente eu te olhava
e impotente para dizer que eu te amava
deixei que fosse... Fui covarde!
Hoje a tarde é fria como aquela
e a saudade no meu peito é como a tela
que a dor tingiu com poeiras de granito!
E desde aquele dia em minha vida
ficou-me impresso dentro d!alma dolorida
teu doce nome para sempre escrito!
Nelson De Medeiros
Comentários
Eu,particularmente, não gosto do inverno não,mas cada estação tem lá seu charme, e o coração apaixonado pode tornar um inverno ´rigoroso em uma estação prazerosa e adorável. Felicitações pela lira. Abraços
Escrito nas areias e escrito na alma. Parabéns de Antonio
Poema de excelência caro amigo Nelson. Gostei de tudo ler mas adorei o trecho que copio abaixo.
e meu nome rabiscaste pelo chão...
E tão triste como a tarde me falavas
que assim fazendo ali depositavas
o tesouro de um triste coração...