Todos os amores me foram dados:
O de mãe sem qualquer mensura;
Esse permanente que nos escolhemos amantes;
Filial, imerso na evidente cumplicidade;
Entre irmãos, pela conjuntura rara;
Do meu pai, insigne e justo de eternidade
Sempre intensos, límpidos, vorazes
Transparentes de mil formas
Possível seja, claro, que não tenha eu tanto amado a todos
O quanto amaram-me sem cobrar reciprocidade em nada;
Pouco desarmara o espirito quando necessitara
Enxergar no derredor a generosidade que se exige
De qualquer amante para que o amor se faça
De todos os amores que me foram dados
O que nos sustentara, vivifica e não passa
Dignifica-se a alicerçar-nos na fraterna amizade
Que a seu tempo jamais finda, se replica
E recomeça, por ser ela o elemento principal da alma
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