Uma andorinha em meu quintal
Voa tão só como ninguém.
Triste é seu voo e revela a quem
Que é o único voo que essa andorinha tem.
Chove, como se a chuva fosse culpada
Pela dor dessa ave sofrida.
Mas seu rastro no céu esculpia
Sombras da sua vida vazia.
No silêncio de suas sombras,
Que cruzavam a terra no final do dia,
Desenhavam cacos de vidro
Como nenhuma outra sombra faria.
Não julgue, se não vive: está dor
Ela não pode mais olhar para trás.
Devaneio? Perdição? Seja o que for...
Vive com seu voo triste e fugaz!
Alexandre
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Comentários
Aplausos,Alexandre!
Abraço
Capricho nas letras que inspiram comoção e dor pela situação. Saudações Poeticas
Muito lindo seu Poema.
De excelência e inspiração e criatividade.
Andorinha é uma cultura popular de se homenagear.
Um tom filosófico tem a sua Poesia quando a Andorinha..Não julgue, se não vice, está dor.
Vai andorinha em seu fugaz voar... breve.
Abraços fraternos prezado Poeta Alexandre Montalvan