Andarilho
Olhe me aqui! Não me evite não…
sou um ser humano que precisa
de cuidados e atenção.
Meu corpo esquálido e fraco
assusta eu sei, vivo também
eu espantado!
Saúde debilitada, numa feição
anêmica, que a muitos afugenta.
Minha história não é bonita,
mas dolorida.
Aqui vivo como um pedinte.
Despertando em uns ojeriza,
em outros, compaixão e dó!
Meu viver é triste e sombrio
uma negritude que
atormenta a alma
Só tenho Deus, e a rua
como companhia.
Sinto -me refém desse movimento
itinerante do vai e vem dos cidadãos
que veem em mim,
apenas mais um humano
fracassado para exibição.
Confesso, estou exausto
De dormir ao relento e ser mais
um andarilho do asfalto.
Lilian Ferraz
28/09/2021
Comentários
Belos versos, nobre poetisa! Parabéns pela rica inspiração! Luz e paz!
Agradeço a visita e apreciação. Abraços
Boa tarde poeta.
Expressivo final
Olá. Agradeço a sua sempre gentil e produtiva visita. Grata 😊🤗🌻🌹