A música ultrapassa a barreira do tempo
Tem a capacidade ímpar de dilatar limites
Ela invade sem dó ou permissão e traz do
Íntimo sentimentos perdidos na escuridão
Foi aqui neste abençoado lugar
Exatamente em frente a este piano
Não me recordo ao certo em que ano
Mas foi aqui que o vento começou a soprar
E quantos o culpam por suas quedas
Não entendem que a tempestade
É a forma que o vento encontrou
Para nos avisar para nos chamar atenção
Será que os lampiões da noite irão trazer
Para cada um de nós a compreensão?
Que a depressão de hoje é a arrogância do passado?
Que os excessos de ontem hoje surgem como privação?
Eu te agradeço querido vento meu irmão
Pelas vezes que agitou o mar levantou as ondas
Me fez nadar e mudar de direção
Pelas outras que não o ouvi te peço perdão
Eu sei através das folhas caídas ao chão
Que palavras e poesias podem tocar um coração
Ah vento que os versos do luar e das estrelas
Não despertem sentimentos acima da afeição
Porque quando a canção terminar
Quando a noite estiver chegando ao fim
Tudo que quero é que os versos
Dos quais fui instrumento tenham seguido junto de ti
E que com carinho lembrem de mim
Mas a música me diz que uma nova manhã se aproxima
Realoco então as antigas lembranças
O que era mágoa agora na gaveta do abraço
O que era dor agora um velho retrato
Que seja bem-vindo esse novo dia
Fiquem com Deus
Carlos Correa
Comentários
Linda poesia, Carlos.
Versos de um lirismo intenso!
Aplausos!
Obrigado minha amiga, fica com Deus.
Obrigado minha amiga, fica com Deus
Um encanto de poema, parabéns!
Parabéns.
Um abraço