ASSIS

ASSIS

 

 

Quando eu percebi

Que o seu olhar era um espelho, um portal

e poderia até atravessar e ter sua atenção roubada

Por alguns minutos recuperando aquelas duas taças

mal servidas de amor.

 

daí eu deixo tudo que eu tenho

Para dormir seu sofrimento

Para beber toda a sua angustia

E aprender com esse tempo.

 

Nem me traga a confissão

Não vou entrar nesse castelo de ouro.

aí não mora o meu bem e só lá fora o amor brota em árvores

 

E nem me traga o seu brasão

Não vou entrar nesse castelo de ouro.

aí não mora ninguém que faça brotar em árvores.

 

Agora me vira as costas, me apedreja

E quem me socorre e olha de igual

são os enfermos, os que mais necessitam de amor

e mesmo assim, passam fluídos de paz.

 

Nem me traga seus recursos

Não vou entrar nesse castelo de ouro

hoje durmo com a lua, essa santa e clara

manta de todos. 

 

Alexandre Costa

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Comentários

  • Dá pra ouvi a canção.

    Muito lindo teu poema.

    Faltou a tua autoria.

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