Bárbara mente

Barbaramente ela mente
Deitada em seu leito
Pois é seu dom iludir o algoz
Já sem voz em meu peito
E ele sabe ciente
O que não me surpreende
Completamente contente, afeito...
Sabendo que Bárbara mente.

Mas é tão bom o sabor tão amargo
Desse amor atroz
Que o algoz em meu peito aceita
E aceita ao calar a voz
E que ele não aceite (ou aceite)
Se nem se importa ao me conduzir
E me induzir inclemente
O que não me surpreende

Para os braços de Bárbara
Que mente tão barbaramente
Quando em seu leito
Enganando e iludindo
Esse algoz em meu peito

Que se julga um amante perfeito
Um tolo sem preconceito
Ah! Cinicamente ela mente
Bárbara não toma jeito

 

(Petronio)

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