Caindo na folia
Ontem madrugou o folião;
amanheceu na avenida,
com o corpo suado e cambaleante.
Voltou para casa para descansar
e da farra carnavalesca se recuperar.
Hoje a noite tem mais.
Carnaval é tempo de folia
para quem curtir sem receios,
há de tudo um pouco
e o folião ainda deseja mais.
Com esse calorão o corpo pede água,
a boca sedenta pede cerveja gelada,
e as pernas pedem movimento.
Assobios, gritos, no ritmo do refrão
lá vem o carro de som cheio de pompa:
"Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu "
( canta em alto e bom som o famoso cantor)
pois quando passa leva a galera ao delírio.
Calor, pouca roupa e muita exibição,
segundo os entendidos do comportamento,
nesta hora, o folião solta suas fantasias;
vale tudo, homem com homem;
mulher com mulher, um com dois
dois com quatro, e até de quatro na rua.
Deus nos acuda!
O folião se esbalda e cai na farra.
Na avenida, com samba no pé,
atrás do trio elétrico no ritmo do Axé.
O folião curte seu momento triunfal,
aproveitando a liberdade do Carnaval.
Lilian Ferraz
01/03/2025
Deus é bom, sempre! 🙏
Crédito da imagem: Freepik
Comentários
GRata, Angel. beijos
Um belo passeio poético e realista sobre o Carnaval do Brasil.
A maior festa do Planeta.
Uma folia para se divertir de verdade e esquecer por algum tempo as agruras e compromissos de sobrevivência.
Uma época de arrasar.
Uma saudade de quando eu frequentava escolas de samba no RJ ainda jovem e forte e resistente.
Parabéns amiga Poetisa pela linda e crônica
Abraços fraternos
Agradeço sua visita e apreciação,caro amigo. Abraços
Simplesmente belo seu poema/poesia, mas quanto ao carnaval, haja, coragem para pular com este calor! Saudações do bem Lilian e se você brinca, aproveite com moderação! Um abraço! #JoaoCarreiraPoeta.
Grata pelo carinho, carissimo. E sobre o calor está demais mesmo, aqui na sombra 33 graus e vi pela internet em Salvador e no Rio de Janeiro, o folião dançando sob sol escaldante, haja resistência e vontade. Abraços