Hoje cordei cedin, inspirado em contar um causo procês.
É só uma história cotidiana que tenho certeza que cêis ouve demais da conta. Mas é sempre bão falar.
Sou um homi pouco letrado, aprendi a lê e escrevê e mesmo por conta dos erro de português a vida me ensinou coisas que a escola não me mostraria...
Outro dia desses de Deus, vi um menino com seus trinta e poucos anos forte numa pedição dos trem de comer e resolvi prosear com ele. Então comecei:
- Bão dia!!!
E ele respondeu e começamos a falar.
- Dia pro sinhô também...
- Tava correndo os oio nocê e vi que tá pedindo os trem de mantimento..
- Tô sim, não tenho vergonha não. E se tiver precisão eu trabaio pra compensar..
- Uai então por causa di que ocê num arruma um trabaio e deixa de pedir?
- Eu já tenho o trabaio na roça, mas o dinheiro que me pagam não dá pra sustentar eu e minha família. Minha Muié também trabaia e nós dois temos um minino.
- Uai! Ocês dois junto não dão conta de criar esse menino?
- Não sinhô. Moramos numa casinha do dono da roça e ele cobra tudo. Mas Deus há de miorá pra nós...
- Pois já miorô fi. Se ocê quiser a partir de agora pode trabaiá pra mim aqui mesmo e sua Muié também, pois esse mesmo Deus me abençoou deu podê ter condição de ajudar gente como ocê.
- Num sei nem como agradecer. Mas Deus vai te dá muito mais....benzô deuso!!!
Resumindo um cadin o causo é assim.
Esse homi pouco letrado que estendeu a mão ao pedinte e mostrou solidariedade e exemplo de ser humano era também dono de muitos comércios e apesar de ter situação financeira privilegiada sabia valorizar e tratar as pessoas.
A vida retribui tudo que fazemos com fé, justiça e amor. E todo mundo é gente como a gente.
Esse é um "causo", uma história simples mas que precisa ser contada sempre pra que ninguém esqueça que estamos todos a procura de oportunidades, de melhorias e claro da sonhada felicidade que cidadãos de bem merecem. O fato é que se nos ajudarmos uns aos outros sairemos dessa vida felizes e com o dever cumprido.
Inté proceis....
Antônio de Magalhães
Comentários
Obrigado Davi. Fico muito grato.
Oia, eu cá no Pará, da ribeira do meu rii Tapajós, tô trando o chapéu prá ocê, num sabe moçu.
Gostei demais do teu causo e vorto pra mode lê outras prasa tua,
Meu aplausos, meus parabéns e o escabal parmas pro ocê!
Obrigado Edith. 🙏
Obrigado!!!!🙏