Cavaleiros Andantes

Quem são essas pessoas

que andam pelas estradas

desprovidas de qualquer tudo

como quem não quer nada

 

Seriam seres errantes

essa gente descamisada

ou na verdade, pensantes

numa pátria mal amada

 

Andam sem rumo certo

em busca de algum sonho

atravessam este deserto

de um mundo enfadonho

 

Gente por todos os lados

passam no vai e vem

seus olhos estão vendados

não veem, não lhes convém

 

Qual vida eles levavam

até decidirem partir

O que escondem na mente3956280392?profile=RESIZE_710x

ainda podem sorrir?

 

O que pensam eles de nós?

uma gente inteligente

que transita de lado a outro

mas nunca está contente

 

Ah! se eles pudessem,

uma história nos contar

seria então uma fábula

de um cavaleiro sem lar

 

um desejo reprimido

um fracasso escancarado

uma forte desilusão

ou um ser abandonado

 

É gente do mesmo sangue

e um fardo a carregar

um poeta, um cantador

que procura o seu lugar

 

Maltrapilhos, andarilhos

caminham em solidão

nas costas levam o seu mundo

ilusão, ilusão, ilusão…

 

 

 

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Tânia Pereira

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • 3746061835?profile=RESIZE_710x

  • Maavilhoso Poema de cunho humanista... Intrinsecamente leio a desuma distribuição de renda que coloca o ser humano, nossos irmãos em situação precária de vida.....

    " O maior bem que um ser humano pode ter em sociedade é a sua cidadania"

    A desorganização mental causada pela extrema pobreza leva o ser humano a condição de nem saber se situar em sociedade, e aí, vira um maltrapilho sem destino.

    Parabéns Tânia por belíssimo poema e valorosos sentimentos , quem sabe, de piedade 

    P

    Abraço de Antonio Domingos

     

This reply was deleted.
CPP