O vento chega quase que surpreendo-me
Não, não tenho palavras a serem levadas
E no sorriso de seu toque eu envergonhado percebo que
As palavras são dele e olho então aos céus atendendo ao chamado
Uma a uma as estrelas começam a brilhar
Uma a uma começam a cantar
E logo se espalha o espetáculo de luz e som
Frente ao coro divino ajoelho-me em admiração e respeito
Há um caminho reto a ser seguido
E em algum momento nos desviamos
Atravessamos largas portas várias delas
Atraídos provavelmente pelas promessas douradas
Do orgulho e de sua cúmplice
A vaidade perniciosa que habita nossas atitudes
De repente você de fato acredita
O mundo deve girar ao seu redor
Esquecendo-se que quanto mais é cedido
Maior será a cobrança
Essa é a Lei e o que Ele escreveu nas areias do Universo
Nenhuma onda tem o poder de apagar
E se uma a uma as estrelas começaram a cantar
Um a um vamos despertando
Reconhecendo o aroma de novas flores
Sem no entanto esquecermos dos antigos frutos
Logo chegará a mudança
E muito dessa renovação já vive em nossos lares
Azuis e cristais
Deixemos de lado a cólera e a depressão
Ervas daninhas que interiorizam energias desequilibradas
Tornando-nos cegos e surdos
Alguém afiança que esses sentidos nascem dos olhos e ouvidos?
Tenham fé, sinônimo de certeza
Deem as mãos amem-se
Mesmo que ainda não compreendamos o verdadeiro significado disso
O magnetismo proveniente desse sentimento
Replanta a lágrima da dor que agora renasce em pétalas
Um colorido aroma de fraternidade e agradecimento
E o vento retorna tocando minha pele
Chamado pelas Estrelas e não por mim
Mas humildemente peço a ele
Recolhe então essas palavras
E se encarrega de levá-las
Uma a uma as estrelas começam a brilhar
Uma a uma começam a cantar
Um a um aos poucos vamos todos despertando
Que assim seja.
Carlos Correa
Comentários
Te agradeco...mesmo...fica com Deus.
Maravilhoso texto.
Meus parabéns, Carlos!
Feliz Ano Novo!
Um abraço
Olá Marcia, muito obrigado por vir, feliz ano novo!! Deus a abençoe