Sempre que pude eu fugi do carnaval
Queimava meus ouvidos como dendê
Vivia no escuro mas até gostava de Gal
Veio o dia era uma sexta quando vi você
Morena não sei se era o lança perfume
Ou aquele bando lá da turma do funil
Te vi sambando com o som naquele volume
Achei que o meu coração ia correr até abril
Quatro dias na passarela de seu corpo atrevido
Nas serpentinas entremeadas aos seus cabelos
Na beleza de sua camélia coberta de confetes coloridos
Confesso que preferia um banho na lua da Celly Campello
Veio a terça me deu um beijo e você voltou pro mar
Me disseram que quem samba na beira é uma sereia
Passei a semana inteira pra te ver sorrindo pra você voltar
Chorei o meu sofrer e a cada festejar volto até a areia
Quem sabe em um dia de cinzas você volte pra me amar
Deus abençoe o bom carnaval
Carlos Correa
Comentários
Magistralmente belo seu poema retratando um amor de carnaval! Seu poema é como folha seca de outono que o vento, não levam! Saudações do bem Carlos! #JoaoCarreiraPoeta.
Belíssima marchinha Balancê.. Como temos marchinhas de excelência... Somente o Brasil tem marchinhas e outros estilos que são exclusivos do Brasil como a Bossa Nova..O bom Sertanejo só o Brasil tem...Bom demais.
Seu poema é um ensinamento de como escrever algo de tanto encantamento.
Muitos sentimentos você escreveu sem pudor...Com certeza você escreveu muito emocionado.De longe a gente sente o quanto emocionado vossa pessoa é.
Uma inspiração muito expressiva, um amor que vibrou em seu coração e alma mas como numa mágica onde o mágico com uma varinha de condão apaga tudo .
Quem sabe a sereia volte um dia em qualquer dia do calendário.
Fica uma saudade e uma esperança de que Tudo se Repita com Paixão e Amor.
Falamos de Celly Campelo em banho de lua, muito romântico.
Eu sou o último romântico diz a música de Lulu Santos.
Parabéns Prezado Poeta Carlos Correa por esta jóia de publicação.
Abraços fraternos e tenha um bom dia prezada Comandante.