Lapisito & Borrachita
Alguns dizem que sou pragmático e que, em minhas crônicas, poesias, poemas, descrição, narrativas e textos, é quase que habitual eu confessar alguma coisa.
Infelizmente, ou felizmente, hoje não será diferente.
Eu confesso que, estou fortemente ansioso, pois, estou viajando para uma cidade
— “Encantada” —.
Seu nome: “Cidade Da Fantasia Poética”.
Fica em um lugarejo na fria, mas pulquérrima Patagônia.
Estou indo conhecer um casal excêntrico: O senhor Lápisito e a senhora Borrachita.
Eu ouvi dizer que é um casal sensacional.
Inseparáveis de aventuras lindas, engraçadas e literárias.
O senhor Lápisito, é um homem elegantérrimo, esbelto e sempre afiado como uma espada poética chinesa.
Possui um ar de sofisticação.
Enquanto a senhora Borrachita, robusta e com os cantos arredondados de tanto uso, ostenta uma sabedoria milenar de quem já viu muitos rabisco virarem obras-primas.
Eles moram em uma casa em forma de uma imensa gaveta.
Logo que entrei eu ouvi a comunicação do atípico casal.
"Caríssimo senhor Lápisito, como você escreve!", exclamava a senhora Borrachita. Metáfora viva da paciência.
"Seus traços são elegantes, mas, às vezes, um pouco impulsivos."
"Ah, minha amada Borrachita", respondia o Lápisito com um sorriso esboçado em grafite. "Seus toques gentis corrigem minhas travessuras, tornando nossas histórias perfeitas e poéticas."
E assim vivia o casal. Na fria, mas lindíssima Patagônia.
Um dia, em uma folha branca, o senhor Lápisito decidiu escrever um poema.
Mas, na pressa, trocou "amor" por "amargor". A senhora Borrachita, com sua calma usual, deslizou-se suavemente e apagou o engano, como uma brisa que dissipa a névoa.
"Que seria de mim sem você?", suspirou o senhor Lápisito.
"Provavelmente cheio de erros, mas ainda encantador", brincou a senhora Borrachita, espelho da dualidade.
Estava explícito aos meus olhos a bela parceria,
haja visto que,
juntos, enfrentavam todos os desafios da vida:
O senhor Lápisito tinha mente multifacetada e desenhava sonhos, e a senhora Borrachita, com paciência, apagava pesadelos.
Eram uma dupla dinâmica, equilibrando criação e correção, o "yin e o yang" do universo literário.
Um belo dia, o senhor Lápisito perguntou: "Borrachita, já pensou em escrever algo?"
"Eu? Escrever?", riu a senhora Borrachita. "Deixo isso para você.
Minha missão é garantir que suas palavras brilhem como o sol e sem máculas."
E assim, entre risos, rabiscos e apagadas, o elegante senhor Lápisito e a robusta senhora Borrachita continuam suas aventuras.
Provando que, na dança das palavras, a parceria é a verdadeira poesia.
Finalizando definitivamente.
Como o sol e a lua que elegantemente, se alternam no azul celestial do céu, são dois opostos em harmonia, compondo juntos a sinfonia da escrita.
Gostou? Mesmo que não. Um cheiro poético para ti.
Que
— Deus —
te abençoe ricamente, tu e tua casa. “Inté” a próxima.
#JoaoCarreiraPoeta. — 26/07/2024. — 16h25
Comentários
João
maravilhoso versar
um abraço
Obrigado mestre Davi.
Que lindo conto e com mensagem edificante. Uma parceria que deu certo e permanece. Felicitações, escritor.
Obrigado mestra querida.
Ainda estou na gelada Patagonia.
E não pretendo voltar tão cedo kkkkkkkkkkkkk!
Aqui a mente do poeta vagueia.
Um abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.