Sozinho em meu quarto, e do mundo alheio,
ouvindo e vendo artista verdadeira,
vi o sorriso da moça faceira,
que fora um dia todo o meu enleio!
Mas um poeta de escol anda à beira
do inatingível, e do devaneio;
por isso canta, sem pejo ou receio,
a sua vida em forma condoreira...
Porém, não fora aquilo uma utopia,
fora real, e, olhando a musicista,
vi a paixão abraçada em meus braços!
A nostalgia turvou minha vista,
pois que, no rosto dela, eu quase via
o meu primeiro amor naqueles traços!
Comentários
Que lindo Nelson a lembrança de Amapola ( um show de música)...
Uma honra sempre ler-te seus maravilhosos textos poéticos em belos e corretos sonetos.
Uma magia do, amor um tema eternizado na poesia.
" Em meu primeiro amor naqueles traços ".
Que lindíssimo verso finaliza sua expressidade poética.
Parabéns Prezado Poeta Nelson Medeiros
Por mais esta linda obra, um encanto.
Abraços fraternos e esteja bem
ADomingos
Nelson
parabéns
um abraço
Um bem-aventurado dia poeta, Nersão, em seu belíssimo soneto, você evoca um amor mítico, repleto de nostalgia e emoção. O farfalhar das memórias ressurge nos versos, ressignificando o passado de forma poética e intensa. Há um aforismo implícito sobre a beleza do amor e a inevitabilidade da saudade. Com um toque insólito, o meu amigo e poeta galhofa da distância entre o devaneio artístico e a realidade vivida. As evidências da paixão, tão presentes nos traços da musicista, conduzem a uma reflexão auspiciosa sobre a união da arte e do sentimento, criando um poema inesquecível, portanto, fica aqui a minha saudação poética! #JoaoCarreiraPoeta.