Cotidiano

Não precisa ser minha música preferida
Sento e sinto quando posso pensar
Os perfumes se misturam, quase homogêneos
A cada parada, uma virgula, uma exclamação
Sorrisos, bocejos, pouca interação
Pernas e braços, toques e bolsas
Tremendo ao atrito das pedras

Do lado, as ruas passam devagar
Ciclistas erguidos sob as rodas
Pedestres apressados na faixa
Buzinas tantas, e tantas carrancas
Encosto no encosto, amarrotando o rosto
No vidro embaçado, aguardo a parada
Nada almejado, nesse ponto eu desço.

Cotidiano de dias e anos, de “João e Maria”
Daqueles que apagam a noite, para romper o dia.

 

 

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Jorge Santoli

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