Tudo bem, eu confesso
Eu sou culpado!
Fui eu quem mandou ela embora
Sim! Eu sou culpado.
Ela correu feito uma presa fugindo do predador,
Assustada, eu a mandei embora.
Ela foi tão rápida que desapareceu por completo,
Não ficou nenhum vestígio.
Deixando para trás apenas os dentes
E um som tão contagiante
Que percorria a sala toda num instante.
Seu olhar sisudo e cara fechada sumiram.
E o que sobrou? Só os dentes.
Eu confesso que eu sou culpado.
Por um momento, um breve momento,
Mas não importa! Se não me prenderem,
Eu continuarei esmagando-a.
Isso é muito intencional.
Não desejo inocência.
Sim, eu sou culpado,
Culpado de destoar a tristeza
E modificar seu humor,
Culpado com tanta certeza
Que podem deter o meu corpo,
Mas não podem mudar quem eu sou.
Jorge Santoli
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Comentários
Quando alguém nos aborrece, nos faz chorar... o problema é dele e não nosso.
Passando o impacto do momento, vamos em frente.
Linda poesia, Jorge.
Muitíssimo bom!!! Parabéns, Jorge!
Um abraço
Todos erramos,faz parte do processo.. Avante. Saudações
Nesse caso o errado é quem ofusca a alegria. é o que diz o poema.
Que belíssima arte.
Me sentiria culpado se não a lesse.
Teu tabuleiro poético está completo.
Parabéns.
Um forte abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.
Obrigado pela leitura, meu amigo.