PUBLICADO no CPP
De Improviso
Sem ter o que escrever
Eu insisto e rabisco
Uns riscos no papiro
Uma mentira de poeta
É folha de caderno
E caneta esferográfica
Papiro um raro respiro
Um susto assunto de outrora
Então eu sou um pecado
Que rastreia versos
De Improviso
Em nome de Dona Aurora
Noite chegando
O sol se escondendo
Atrás da montanha
O sol com vergonha
Do dia igual que se vai
Que se esvai
Por um ralo qualquer
Baratas entram e fogem
Do fedor do inseticida
A geladeira vazia
O fogão sem gás
O prato um belo bibelô
A felicidade foi efêmera
A vitória foi verdadeira
Verdadeira ilusão
Cadê a manteiga no pão
A tristeza quer porque quer
Se eternizar
O agora que se exploda
Um café no copo de gelatina
Sem açúcar eu aceito, ora pois
Só quero da marca Primogênito
Sem mais para o momento
O tempo custa caro
O meu coração soluço
A minha alma incolor
Não durmo de bruços
Uma esperança
Deitar e dormir com travesseiro
Utopia é estar poeta
Um dia de Improviso
Fim
ADomingos
Nov 22
Comentários
Muito belo!!!
Parabéns, Antônio!
Um abraço
Obrigado amiga Márcia
Abraços Amiga
No improviso criaste uma belo poema. Parabens
Obrigado amiga Lilian pelo comentário.
Abraços fraternos