Desdêmona
Ah, Desdêmona. Que ama, suplica e chora.
Tu só querias a metade de uma hora:
“- Half an hour! ... while I say one prayer”!
Sim, para rezar. Era o quanto te bastara,
Mas não se viu atendido o justo brado
E não rezas, o que mais te faz padecer.
Quão triste. É o mouro Otelo, teu amado,
Que por incauto ciúme se viu dominado,
Quem te cala e te veda a derradeira prece.
Oh, Emilia bendita, se pouco antes chegara...
Comentários
Poema primoroso, poeta amigo, minhas sinceras reverências.
Sangra de ciúmes o mouro,
Que como ave de mau agouro,
Retira-lhe a felicidade,
Onde está neste ato a sanidade?
Está na espera do amor duradouro!
Como disse Martinho da Vila: Se o branco tem ciúmes, que dirá o mulato...
Abraços, paz e Luz!!!
Perdoe minha brincadeira em versos...
Muitíssimo obrigado, Ilario. Gostei dos teus comentários em versos.
Muito agradecido, Angélica.