Quero confessar que sou um ogro.
Sim!
Queria ser santo, mas sou um ogro.
Me mato todos os dias e não morro.
Me jogo de cima das memórias, dia após dia.
Peço liberdade ao meu coração,
mas ele não está disposto.
Caio no buraco do arrependimento,
mas ele não tem fim.
Grito desesperadamente,
mas a minha voz não sai.
E sentado aqui nessa divã,
eu confesso!
— Diga-me, doutor, o que é que eu tenho?
— Você tem uma poesia melancólica
e sofre de fantasias adjacentes anormais.
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Comentários
Sensacional Jorge! Ser paciente de Analista não dá em nada, mas ser poeta...
DESTACADO.
Muito lindo seu poema, Jorge! Você tem é uma inspiração profícua.
Parabéns.
Um abraço
Obrigado Márcia. Grande abraço. 🫂💕
Nunca encarei um divã.
E nem pretendo encarar.
Sou Dr. mas, não psicólogo.
Entretanto.
O que o Bardo tem:
É excesso de talento, de perspicácia,
de sagacidade, de cognitividade. E outros bichos mais. Portanto.
Parabéns.
Um forte abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.
Obrigado meu amigo,
eu também nunca encarei um divã, são essas palavras que surgem,
poesia, poema ou seja lá o quê for,
que não são minhas, so transcrevo, sou apenas um mensageiro.