Discernimento
Certa vez viu-se que não era a vez de ninguém
Que a vez era a posição do último da fila
E a ilha uma rima da pilha também a ervilha
Uns poucos grãos no prato de quem com fome
A tudo que é visto e lido há certeza do porém
Naquela casa entrou um cachorro um fila
O chá de camomila água quente fervilha
Quem reclamar de algo saiba que some
Não duvide de quem divide a dívida algoz
Penetra sabe que tem de ser convidado
A justiça sofre e resiste em ponto cardeal
A liberdade jaz em alguma fechada gaveta
Chama o assassino de um nome atroz
Saiba que o Rex está superendividado
O homem nunca deixou de ser animal
Que se crie uma civilização de proveta
Fim
ADomingos
17/07/2022
Comentários
Parabéns pela dissecação da distopia, caro A. Domingos. Que nos reste a consoladora convicção de que acabaremos por encontrar a chave encastoada de gemas daquela gaveta da liberdade .
Abraço . j. a.
Obrigado J.A. Medeiros da Luz por seus comentários que nós remete a esperança de dias melhores para a humanidade.
Certamente um distopia amigo.....
Agradecido e abraços de Antonio Domingos
Antônio D.
Um grande e verdadeiro poema, acusando os que muito tem e nada servem.
Triste realidade acontece em nosso Planeta
Mas os que buscam outros lugares
Encontrarão seres famintos de liberdade,
Eis aí algo para refletirmos
E tornar nosso cantinho
em algo profundo e verdadeiro.
Belo, triste e verdadeiros versos.
Abraços amigo
JC Bridon
Obrigado amigo Julio Cesar por valiosos comentários.
Muito Feliz.
Abraços de Antonio