Doce lembrança

 

Doce lembrança

Do tempo de criança.

Não se tinha nada,

Nem mesmo o conto da fada.

 

Aos domingos vestia-se uma calça.

Ficava grande, mas punha-se uma alça.

Ia arrumadinho para a missa,

Mesmo estando com preguiça.

 

Escutava o padre falando,

E o menino ao lado xingando.

Queria que a missa acabasse rapinho

Para ele jogar bola no campinho.

 

A catequista punha as crianças para frente,

Fazia que elas cantassem de alma presente.

Alguns fingiam cantar

Para a música lhes despertar.

 

Quando o padre dava a bênção final,

Parecia que estava na capital.

Era gente correndo para todo lado,

Pensando na sobremesa, o melado.

 

Na mesa, como um banquete,

Tinha arroz, feijão e macarronada. O porrete,

Se não comesse, era a ordem do dia.

Engolia tudo, mesmo quem não podia.

 

 

 

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José Carlos de Bom Sucesso

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