Em memória de um amor

 

Sinto um fogo em minhas mãos

Mas um buraco imenso e gelado

Em meu coração.

Como afoga as mágoas , se já não bebo?

Como sorrir pro novo, se o velho me assombra

E como ser diferente aos indiferentes?

Quando o assunto perde a linha

E o sussurro é estrondo n'água

Me sinto tão apaixonado quanto os ratos com as baratas.

Cigarro ainda fumo

Danço a fumaça guela abaixo, pulmão adentro

Mas fecho os olhos pra não ver sair às partículas de vida indo embora

Soltei as mãos de quem eu mais amava

Reclamo como flor seca sem chuva

Desmorono feito terra pesada sob túmulo

Lugubre feito morte em vida.

Cai folhas nas encostas

Sacolas voam como pássaros

Certas horas perdidas 

Vidas mal vividas

Teto meu céu , nada meu chão.

Restei de uma nova versão

Das cicatrizes sobram histórias

Dos meus passos , bastam as pressas.

 

 

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Robert Ramos

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