Criança na Guerra
arrastada, sacudida
rosto vazio, olhar perdido
manietada esperança
entre destroços e ruínas
uma réstea de vida no fundo da alma
inquietante fonte do Nada.
o rasto da morte larga seu vómito fétido
Terra de homens esventrados,
punidos, despedaçados
Impiedosa a morte toca a rebate
o mar de sangue e de lama
envolve de seus braços a criança
titubeante vida, surpresa e palpitante
olhar assustado e perdido
.
.
Vida, quem és tu?
O que é então a Vida?...
neste vazio imenso ...?
.
Chantal Fournet
(29 Outubro 2014)
Comentários
Adorável texto!! Parabéns Chantal!!
Lindissima comtemplação e sensilidade com àqueles atingidos principalmente pela guerra.Migrantes sem destino
Parabéns amiga Chantal
Brilhante!
Aplausos!
ACTUALISSIMO ... CHORO EM GRANDE LAMENTO....6 ANOS DEPOIS O QUE MUDOU? NADA...
Endosso. De fato atual o texto e muito profundo. Parabenizo a republicação dos versos.
Terra de todos e de ninguém. Nem as crianças que ali nasceram podem usufruir da sua nacionalidade com dignidade.
Suas famílias buscam o refúgio em terras estranhas. Que não as recebem, muita vez!