No pó da estrada deixei minhas pegadas. No pó da estrada deixei meu suor. No pó da estrada caminhei com minha viola, eu e ela em silêncio caminhamos na estrada ensolarada
Vi outras pegadas, imaginei, seria de algum viajante, de visitantes ilustres, ou de ladrões de sonhos que sorrateiramente se põe a vagar, de quem será?
Segui em frente com meu caminhar, deixando no pó do asfalto...minhas pegadas e meu suor.
No pó do asfalto segui com minha viola, eu e ela em silêncio caminhamos.
Vi outras pegadas , e mais uma vez imaginei, seriam elas de viajantes, de visitantes ilustres ou de ladrões de sonhos que sorrateiramente se põe a vagar, de quem será?
Nada mudou, nada mudará.
Caminhei estrada cumprida, vi homens sem fé, vi fé indo embora, vi punhais sendo cravados e homens tirando vidas.
Armas empunhadas, feridas abertas e outras a se abrir.
Vi o choro do inocente, vi o coração sangrando , vi a conquista sem sedução, senti em minha boca o beijo sem paixão.
Vi a inundação dos rios, vi águas tirando vidas, vi a moça sendo caçada, estuprada e morta.
Vi a bala perdida, vi uma mãe angustiada e sofrida, olhando em seu colo sua prole sem vida, vi a triste despedida.
Vi em meus olhos...uma lagrima rolar .
Igor Rodrigues Santos
Comentários
No pó da estrada fizeste caminhos de vida acompanhado de tua viola...Quantas canções cantadas.
Parabéns por belo texto Poético... Muito lindo prezado Igor Rodrigues
Antonio Domingos
Gratidão bom amigo. Sim...é verdade, muitas canções são compostas diante de tudo que presenciei
Gratidão querida amiga