Eu e minha viola

10833052098?profile=RESIZE_400xNo pó da estrada deixei minhas pegadas. No pó da estrada deixei meu suor. No pó da estrada caminhei com minha viola, eu e ela em silêncio caminhamos na estrada ensolarada

Vi outras pegadas, imaginei, seria de algum viajante, de visitantes ilustres, ou de ladrões de sonhos que sorrateiramente se põe a  vagar, de quem será?

Segui em frente com meu caminhar, deixando no pó do asfalto...minhas pegadas e meu suor.

No pó do asfalto segui com minha viola, eu e ela em silêncio caminhamos.

Vi outras pegadas , e mais uma vez imaginei, seriam elas de viajantes, de visitantes ilustres ou de ladrões de sonhos que sorrateiramente se põe a vagar, de quem será?

Nada mudou, nada mudará.

Caminhei estrada cumprida, vi homens sem fé, vi fé indo embora, vi punhais sendo  cravados e homens tirando vidas.

Armas empunhadas, feridas abertas e outras a se abrir.

Vi o choro do inocente, vi o coração sangrando , vi a conquista sem sedução, senti em minha boca o beijo sem paixão.

Vi a inundação dos rios, vi águas tirando vidas, vi a moça sendo caçada, estuprada e morta.

Vi a bala perdida, vi uma mãe angustiada e sofrida, olhando em seu colo sua prole sem vida, vi a triste despedida.

Vi em meus olhos...uma lagrima rolar .

Igor Rodrigues Santos

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Comentários

  • No pó da estrada fizeste caminhos de vida acompanhado de tua viola...Quantas canções cantadas.

    Parabéns por belo texto Poético... Muito  lindo prezado Igor Rodrigues

    Antonio Domingos 

    • Gratidão bom amigo. Sim...é verdade, muitas canções são compostas diante de tudo que presenciei

  • 10833046289?profile=RESIZE_584x

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