Por Jennifer Melânia
Em primeira pessoa, eu era pequena
A vida se fazia no presente...era a história
Um amanhecer de alegria enfeitado por sentimentos
E emoções tão precisas quanto a imagem do homem
...............................Vitruviano
Não tinha ontem e nem porvir, tinha o agora
Não tinham deuses, não tinham obrigações
Tinha eu e o mundo por mim criado
Em segunda pessoa, postulei ser alguém
O universo “eu” se desfez, agora em segundo plano
Imagem invertida no espelho, tinham dedos me encarando
Tinham olhos me punindo, e a divisão começou
E os deuses apareceram, e as diversões diminuíram
Durou uma estrada extensa com muitas esquinas
Está segunda pessoa fora de mim
Em terceira pessoa, conciliei com a primeira
E abracei a segunda formando um elo
Agora mais forte, com tempos distintos
Presente e pretérito, futuro e presente
Os deuses, os dedos entrelaçados sem me apontar
As estradas movimentadas, as esquinas com uma
Pouca d’agua para saciar a sede e um banquinho
De expressar saudades quando ali os olhos se distanciam
E vão a lugar algum, enquanto nós esperamos sentados
que eles viagem entre os mundos e vrrem as esquinas
e voltem quando achar o exato ponto de partir
Comentários
Obrigada, Angélica! Meu carinho a você
Um maravilho poema onde os tempos verbais indicam uma visão de vida da autora ...A citação de Vitruviano de Leonardo da Vinci sem demandas religiosas ilustram a postura da Poetisa em relação a vida e aos caminhos a seguir.....Preterito que acontece no passado e lá termina, a opção pelo presente......
Os Deuses e qualquer mística nada cobram.
Se se perde nos caminhos da vida .
Voltar somente para um encontro com o ponto exato de partir
Sofisticado versos, um estilo próprio, belas metáforas.....
Parabéns Jennifer Melânia por tão bela criação poética
Poesia de verdade assim defino....
Cada vez que lemos, mas sentimentos de reflexões descobrimos no texto ..
Abraço de Antonio
Amigo, poeta, obrigada por sua apreciação e gentis observações. Um encanto de visita. Meu sincero abraço poético.