do que é feito feitio de gente
de menos ainda que
outra gente que vem
esgueirando pelas cintas
sentado sem acento
feliz da vida
outros sim carregava a vida
ia por aí chutando pedras
engrossando os pés descalço
cantando a canção da liberdade
até cair no calabouço
de uma estranha
que não menos apanhava as pedras
limpando o caminho
impossível de limpar
do lado os galhos
caiam na estrada
levantando poeira
cobrindo as pedras
e os dois
sem documento
vem o vento
sem endereço
nem tropeço
balançava os cabelos da estranha
e soprava os pés do outro
é amiga!
todas essas formigas?
ou será todas inimigas?
de mim eu sei
pois elas me picaram
outra vez
toda pedra levantada
nascem outras pedrinhas
e a estranha não se ligou
já com pedras entre as unhas
e a coluna meio curva
pela estrada se embrenhou
nem era meio dia
mas o sol estava no eixo
a vista até tremia
de longe uma miragem
outro vez uma simpatia
estranha pouca é bobagem
sem mais nem menos
os olhos se encontraram
soltaram as pedras
as formigas pararam
o vento ventaria
as vestes se tivessem
e se foram pelo caminho
com pedras e com outro
que era tão boa
aquela nova estranha sensação
de um encontro
Siga meu instagram (@abracoepoesia). Obrigado!
Comentários
Belo trabalho, Jorge. DESTACADO!
Muito Margarida. Feliz demais pelo reconhecimento, um grande abraço pra você.
Boa tarde poeta Jorge sou seu fã. Estou encantado com seu poema. Que delicia de leitura.
Boa noite meu amigo. Eu que sou seu fã. Feliz demais por seu comentário. Abraço
Olá Jorge
Um belo poema, caro amigo.
Parabéns
Abraços
JC Bridon - (Bridon)
Obrigado meu amigo. Abraço.